A Força Do Querer

capítulo 11| deep feelings

Brooke sorri satisfeita ao abrir uma cesta recheada com chocolates.

— Aí que maravilha!

— Não tem medo de ter veneno nisso aí? — pergunto erguendo uma das sobrancelhas.

Brooke me encara incrédula.

— Claro que não.

Haviam entregado uma cesta secreta para ela, e o nome dela está escrito digitalmente, assim como o poema que veio junto  — o que dificulta sabermos quem as enviou.

— Agora que você falou...

— Nunca se sabe — dou de ombros.

— Pode ser meus primos fazendo uma pegadinha comigo!

— Te dando chocolate? Não seria mais fácil eles enviarem um sapo? Uma cobra? Te tacar uma bomba de farinha?

Brooke franziu o senho encarando o bilhete em suas mãos.

— Talvez — ela relê o bilhete. — Realmente, você tem razão.

— Vai come-los mesmo assim?

Ela sorri, deixando o bilhete de lado e pega uma barra de chocolate.

— Claro! Amo chocolate. Vai querer? Posso dividir com você.

— Morde primeiro, se nada acontecer... pode ser que eu coma alguns.

— A gente dá a mão, e a pessoa quer o corpo todo! — Brooke brinca abrindo a barra do chocolate.

Sorrio, antes de desbloquear meu celular.

— Aí que delícia! Hummmm — ela geme após dar a primeira mordida no chocolate.

— Não morra, B. — peço sem desviar atenção de meu celular.

— Você tem que experimentar! Venha aqui.

Bloqueio meu celular e saio da minha cama para me deitar na dela. Brooke me entrega a metade do chocolate dela, e procura outro para si.

— Tem certeza que não está envenenado?

— Eu morreria feliz — ela brinca antes de morder outro pedaço.

Sorrio.

— Vou confiar então — digo antes de eu mesma experimentar o chocolate.

Faço umas caretas para Brooke enquanto mastigo o chocolate, e ela revira os olhos, irritada com a minha tentativa de provocação.

— Sei que você adorou — ela mostra a língua.

— Isso aqui é bom mesmo! Nunca tinha experimentado um desses.

— Eu sei! É o meu favorito.

— Hmmm. Então quem enviou te conhece muito bem.

Brooke faz uma careta envergonhada.

— Todos sabem que esse é o meu chocolate predileto.

Suspiro.

— Voltamos a estaca zero — dou outra mordida no chocolate. — tem certeza de que não faz ideia de quem enviou isso?

— Tenho. Se não foram meus irmãos ou primos, não sobra mais ninguém.

— Nenhum ficante? Ex namorado? Nadinha?

Ela dá de ombros.

— Dificilmente o David me mandaria algo assim, ele odiava que eu comesse chocolate porque iria engordar.

Me sento na cama, apoiando às costas na parede.

— Namorou um cara que queria mandar no seu corpo?