capítulo 61| support

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Suspiro aliviada ao por meus pés no último degrau da escada de casa. Finalmente chegamos de Seattle.

Meu corpo inteiro dói, sinto que mal consigo abrir meus olhos e minha cabeça... bom, preferia estar sem cabeça. Parece que cada passo que dou, sinto uma pontada extremamente dolorosa e afiada em minha cabeça.

— Espero que você pense muito a respeito desses excessos, Kiara — meu pai diz, pela milésima vez.

Já entendi.

Gostaria de poder respondê-lo, mas só de pensar em abrir minha boca para retrucá-lo, já sinto dor e enjôo.

— Você nem tem forças pra me responder — ele diz irritado, revirando os olhos. — talvez você aprenda dessa vez.

Caminho até meu quarto ignorando-o falar e falar e falar. Meu Deus, ele não pode calar a boca?

Abro a porta do meu quarto e deixo minha mala de mão ao lado da porta e retiro minha calça jeans, ficando apenas com minha blusa e deito-me na cama. Só preciso ficar parada.

— Kiara, preciso sair, houve uma emergência no trabalho, talvez eu tenha que viajar até Santa Barbara. Você consegue ficar aqui sozinha? — ouço meu pai perguntar ao entrar em meu quarto.

Que horas são? Eu dormi?

— Aham. Por que — franzi o senho — não conseguiria?

Aí meu Deus, que dor lacinante.

Ele respira fundo, aparentemente tentando achar forças para não gritar comigo.

— Só fique bem. Vou deixar dinheiro para você comprar comida e remédios pra ver se cura essa ressaca. E quando você estiver bem e eu estiver de volta, nós vamos conversar a respeito disso. Tá ouvindo?

— Estou — respondo colocando a mão em minha testa na tentativa disso fazer com que a dor pare.

— Ótimo. Tente comer — meu pai diz, antes de sair do quarto e provavelmente ir resolver algo do trabalho, me deixando sozinha.

Me mexo um pouco para o lado e abro meus olhos, tento me acostumar com a luz que entra pela janela do meu quarto e tateio a cama à procura do meu celular.

Encaro as mensagens de Patrick que não respondi. Desde que mandei a foto para ele no bar em Seattle, praticamente não peguei no celular após isso, e depois, não estava em condições de respondê-lo.

Mordo o lábio ao ler as mensagens:

21h45:
você está linda!!!!!
que lugar é esse?

23h58:
acabei de ler + um livro daquela sua autora fav, gostei MT

01h00:
tudo bem aí?

09h00:
boa viagem, K.
Quinn fez um desenho pra vc

Abro a foto que Patrick enviou, e no desenho há uma mulher, que imagino que seja eu, e uma criança e há um sol enorme na maior parte da folha e linhas em formato de ondas.

Que fofa.

Preciso respondê-lo.

estou em casa
me sentindo PÉSSIMA

Não consigo dizer mais do que isso.

Minutos depois, meu celular vibra. Patrick.

o que houve?
está sozinha?
precisa de algo?

sozinha
fraca

A Força Do QuererOnde histórias criam vida. Descubra agora