A Força Do Querer

capítulo 68| uma tarde com Sophie Patterson

Levanto meus óculos de sol e coloco no topo da cabeça quando vejo Patrick se aproximar com Sophie.

O cheiro salgado do mar e o som das gaivotas me distraem enquanto espero por eles. Cheguei algumas minutos mais cedo do que o combinado para poder colocar a cabeça no lugar, passar a tarde com Sophie vai ser algo que vou ter que ter muita responsabilidade, afinal, ela é bem mais nova do que eu e é irmã de Patrick, não posso decepcioná-lo.

Vou ter que ser responsável por ela, e acho que não pensei nisso direito quando tive essa ideia, mas estamos aqui e não vou fugir da raia, provavelmente não vai ser tão difícil estar com Sophie, ela é sempre tão divertida e gentil.

Afundo meus pés descalços na areia fofa e começo a caminhar até Sophie e Patrick. Ambos conversam bastante concentrados, Patrick parece estar dando instruções para Sophie.

— Oi — falo quando o espaço entre nós diminui. Patrick sorri e pega minha mão, apertando-a carinhosamente.

— Oii, Kah! — Sophie me cumprimenta, animada, prestes a me abraçar.

Solto a mão de Patrick e passo minhas mãos envolta da cintura dela, lhe dando um abraço apertado.

— Juro que não vou ser chata — Sophie diz assim que se afasta um pouco de mim, sorrindo. — talvez só um pouquinho.

Sorrio.

Patrick aproveita a pouca distância da irmã entre nós, e me puxa pela cintura para poder me abraçar de lado e depositar um beijo em minha bochecha.

— Não vão aprontar demais — ele brinca, nervoso.

Patrick está nervoso? Há muito tempo não o via assim.

— Prometo devolver Sôph inteira, sem um arranhão — falo, tranquilizando-o.

Ele sorri.

— Avisem quando for hora de ir embora — Patrick pede.

Sophie e eu assentimos com a cabeça e ele se afasta de nós para ir embora.

— Finalmente! Agora, vamos nos divertir um pouco Sôph.

Sophie sorri.

Deixamos nossas coisas junto com o meu guarda-sol de praia.

— Você sabe nadar, né Sôph? — pergunto, me certificando de que ela realmente sabe nadar.

Sophie afirma com a cabeça.

— Minha mãe me ensinou.

— Ótimo, pegue uma prancha — aponto para as duas pranchas ao lado do guarda-sol.

Antes de sair de casa peguei duas das pranchas de meu pai, quando ele era mais novo, ele costumava praticar surf e agora ele tenta praticar stand up paddle no tempo livre — que é muito pouco.

Sophie escolhe a prancha rosa e pega o remo, pego a prancha e o remo que sobraram e nós caminhamos até o mar. Sophie arrasta a prancha com uma leve dificuldade.

— Vamos testar seu equilíbrio, Sôph — falo assim que colocamos as pranchas na água ao mesmo tempo.

— Acho que sou um pouco desequilibrada — Sophie ri.

Nós empurramos as pranchas calmamente com as mãos até metade do nosso corpo ficar submerso nas águas levemente quentes do mar, ao menos não está fria.

Apoio minhas mãos na prancha e subo em cima dela, sentando meu corpo e colocando o remo de lado.

— Faça o mesmo, Sôph — oriento encarando-a.