capítulo 18| primeiro dia nos Pattersons

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Sábado|

Puxo mais um pouquinho o edredom macio pelo meu corpo, me mantendo aquecida.

Meu pai conversou depois do jantar com os pais de Brooke, por ligação. Foi uma conversa tranquila apenas para ter certeza de que eu estaria segura.

Minha primeira refeição com a família de Brooke na noite anterior foi muito tranquila. São todos divertidos, mesmo estando apenas nós duas, os pais dela e irmão, foi bastante barulhento.

Brooke disse que vai ficar ainda mais animado quando o resto da família começar a se reunir para todas as refeições e comemorações ao longo do fim de semana. Não quero nem imaginar como vai ser.

Apesar de isso me assustar muito, consegui dormir tranquilamente e não ter nenhum surto, o que já tá de bom tamanho. Espero não passar dos limites.

Resmungo quando ouço batidas na porta do quarto.

— Estou entrando! — Brooke diz abrindo a porta do quarto.

— Tão cedo assim? — pergunto ainda debaixo dos lençóis.

— Na verdade, não. Te deixei dormir até demais — ouço ela abrir as cortinas pesadas do quarto

— Sabia que feriados servem pra nos deixar dormir um pouquinho a mais?

— São 9h, Kiara. Perdeu o café da manhã — ouço ela abrir uma das janelas.

— Brooke — resmungo cobrindo meu rosto com o edredom.

— Kiara.

Sinto uma pressão afundar o colchão próximo a minha barriga.

— Temos tanto para fazer! E você tem que conhecer os meus primos — Brooke diz puxando lentamente o edredom do meu rosto. — eu deveria ter mostrado eles para você por foto, assim você já lembraria deles. Ia ser tão mais fácil.

Conhecer os primos dela. Ok, eu tinha esquecido dessa parte assustadora. O que eu tinha na cabeça quando aceitei vir? O que diabos Brooke tinha na cabeça ao me convidar? Ela não sabe que eu odeio fazer amizades?

Já é um milagre nós estarmos sendo amigas!

— Vou te esperar lá embaixo — ela ergue meu corpo e eu me sento na cama.

— Você me odeia — balanço a cabeça negativamente, antes de abrir a boca e bocejar.

— Você sabe que não — ela ri antes de se colocar de pé.

— Vá tomar banho.

— Sou fedida por acaso?

— Não, mas nunca se sabe — Brooke da de ombros.

Bocejo mais uma vez antes de jogar para longe o edredom. Preciso levantar.

Observo ela sair pela porta e então me levanto para ir tomar banho.

[...]

Termino de amarrar os cadarços de meu tênis e ergo meu corpo, esticando meus braços.

Não costumo ser antisocial, mas essa situação é completamente diferente das outras, é a família de Brooke, não são as pessoas das baladas, bares e dos outros lugares que eu ia, não são pessoas sem importância alguma. Apesar de estar na cara que é importante para Brooke, sinto que também é muito importante para mim.

— Vamos lá, Kiara — digo para mim mesma, encarando meu reflexo no espelho. — é só ser cautelosa e nada acontecerá.

Respiro fundo e saio da suíte que foi separada para mim. Desço as escadas apreciando cada canto que posso ver pelo caminho. A mansão é realmente linda — diferente daquelas que geralmente são exageradas e de mau gosto —, e cheia de quadros, estátuas e tapeçarias deslumbrantes.

A Força Do QuererOnde histórias criam vida. Descubra agora