capítulo 12| amour censure

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Depois de algumas horas, Brooke e eu jantamos no refeitório e voltamos para o dormitório que dividimos. Ainda estamos intrigadas com a cesta de chocolates que ela havia recebido no início da noite.

— Eu ainda não confiaria em alguém que manda uma cesta de chocolates sem se identificar! Quem me garante mesmo que não é veneno? — pergunto saindo do banheiro após escovar meus dentes.

— Não vamos cismar com isso! Não tem veneno. Vai ver ele é tímido.

Coloco os braços na cintura.

— Quem seria tímido gastando uma quantia considerável em chocolate? — cruzo os braços ao ficar de frente para ela.

— Alguém romântico.

Revirei os olhos.

— Não seja anti-romantica!

Explodi em risadas antes de ser acertada por um travesseiro em cheio em meu rosto.

— Brooke! — pego o travesseiro que caiu no chão e bato com ele na cintura dela.

Brooke ri sem se importar comigo.

— Af, você nem se importa — jogo o travesseiro de volta na cama dela.

— Adoro guerra de travesseiro — ela mostra a língua. — deita aqui.

Brooke se ajeita na cama e eu deito com a cabeça em seu colo e deixo minhas duas pernas apoiadas uma na outra.

— Kiara, você já se apaixonou por alguém e viu que aquilo seria um pouco complicado?

— Complicado como?

Não tive uma vida cheia de paixões — provavelmente diferente de Brooke.

— Complicado.

— Existe vários jeitos complicados.

— Por exemplo, quando você se apaixona por alguém como você, do mesmo sexo, e sabe que vai sofrer por homofobia, mais os problemas de aceitação, e não saber lidar com os sentimentos, querer se jogar com tudo naquilo e saber que não vai ser como o planejado.

— Ok, isso foi muito específico — digo ao pensar numa situação específica que aconteceu comigo.

Ela ri e começa a fazer uma massagem em meu cabelo, acariciando-o.

— Já — respondo depois de pensar por alguns segundos. Brooke possue o poder de me fazer desabafar com ela e ser sincera.

— Já o quê? — pergunta franzindo o senho.

— Já passei por um complicado assim.

— Assim como?

— Se apaixonar por um mulher e nada sair como o planejado.

Brooke para o que estava fazendo.

— Então?

— Então que eu sou bissexual? É essa a pergunta?

Ela assente solenemente.

— É isso.

— Pode me contar como aconteceu?

— Hummm... não é uma história de amor.

— Quero ouvir! Preciso ouvir — ela implora.

— Foi depois da morte de minha mãe. Eu não estava numa fase boa, definitivamente a pior, e eu não tinha muitos amigos mas mesmo assim saia todas as noites. Então conheci ela, ficamos muito amigas até que teve um dia que ela simplesmente me beijou.

A Força Do QuererOnde histórias criam vida. Descubra agora