Antes de sair de casa, peguei meu celular e um óculos de sol. Aproveito que meu pai está em uma ligação no quintal e saio despreocupada, abro a porta e em seguida, fecho-a, caminho tranquilamente pelo gramado e observo Patrick sentado em sua moto, segurando um capacete para mim.
— Preparada pra dar uma volta? — ele pergunta, quando estou próxima o suficiente dele.
— É o jeito, vou ter que andar nessa sua motinha aí né — brinco, passando meus braços em seu pescoço antes de beijá-lo.
— Respeite o meu meio de transporte, obrigado — ele pede, me dando um abraço apertado. — depois vamos pra casa.
Apenas afirmo com a cabeça e ele coloca o capacete em mim, para me proteger.
— Ainda acho que seja inseguro — me afasto um pouco dele antes de subir em sua moto.
— Pensei que já tinha superado isso, K — Patrick responde, sentando na moto e ligando-a.
Passo minhas mãos em sua cintura e meus joelhos ficam próximos a sua coxa.
— Ah, eu tento! — respondo. — vamos? Por favor.
Patrick ri e liga a moto.
Não faço ideia para onde vamos hoje, não combinamos nada em específico, mas queríamos estar juntos. Só isso importa.
Conforme Patrick vai aumentando a velocidade da moto mais eu aperto e abraço sua cintura. Apesar de confiar muito em sua habilidade e senso de direção, ainda assim, tenho um pouco de receio em andar de moto em específico.
Patrick faz todo o trajeto pela orla e consigo sentir e ouvir bem os barulhos vindos do mar e observar a movimentação da praia.
Quando chegamos ao nosso destino, Patrick deixou a sua moto no estacionamento da cafeteria.
Urth Caffe.
Patrick entrelaça nossas mãos e nós entramos no estabelecimento aconchegante. Tanto na parte exterior, quanto no interior, são bonitas e parecem nos transportar a uma outra época. Patrick me guia até o balcão amadeirado da cafeteira e nós pegamos um cardápio.
— Adoro o Italian Capuccino deles — Patrick comenta. O cardápio dispõe de diversos tipos de café, smoothies, chás, sucos, sodas, bebidas geladas, outros tipos de drinques e refeições.
— Você vem muito aqui? — pergunto, franzindo o cenho.
A cafeteira parece o lugar perfeito para encontros.
— Às vezes. Perlita gosta muito daqui — Patrick comenta.
Apenas passo os olhos pelo cardápio. Eu estava com ciúmes?
Senhor, isso é muita coisa na qual eu tenho que me acostumar. Não sei bem o que fazer quando tenho esse sentimento.
— Vou pedir esse caffé latté — aponto. — gostei da confiança deles.
A descrição do café é: "alguns dizem que o nosso é o melhor do mundo".
Patrick ri.
— Eles não mentiram — Patrick diz. — vou pedir o de sempre.
— E qual seria?
— Italian Cappuccino. Quer algo doce ou salgado? — pergunta, abrindo mais o cardápio e me mostrando a parte das comidas.
— Você que vem sempre aqui, me surpreenda — dou de ombros, e passo os olhos sobre as opções de café da manhã. Aqui parece ser um ótimo lugar para fazer um brunch.
— Ok — ele me dá um beijo na testa e dá atenção a atendente de cabelo colorido. Dou uma olhada no lugar enquanto ouço ele fazer nossos pedidos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Força Do Querer
RomanceTudo estava sobre controle na vida de Kiara, ela tinha o apoio para fazer o que desejasse, sentia que a família era seu tudo, confiava nos pais. Era feliz, era ela. Sem vícios, sem amargura, sem medos e desconfiança. Patrick nem sempre pôde confiar...