Depois que eu e Emma encerramos a conversa, mais alguns primos dela se sentaram conosco e então começamos a comer os quitutes e lanchinhos que trouxemos para cá.
Não demorou muito para que Patrick se juntasse ao nosso grupo, junto com ele, está as irmãs.
Acho engraçado que eles sempre andam acompanhados uns dos outros — é uma coisa bem incomum para mim.
Patrick e eu ainda não falamos sobre o que aconteceu na noite anterior, muito menos sobre o que quase aconteceu.
As coisas simplesmente aconteceram e eu não tive tempo de raciocinar e assimilar tudo o que senti: o desejo para tê-lo, a excitação, o susto com a Brooke, e o prazer de ter me divertido tanto dançando — não necessariamente nessa ordem.
De vez em quando o noto olhar para mim mas não consigo ter muita ideia do que se passa em sua mente, já que minha mente me leva exatamente para aquela suíte.
— Olha a bola! — Sophie grita para nós.
Uma bola vem em nossa direção, mas antes que atinja as coisas ou alguém, Edgar a pega com as mãos.
— Sophie! — Amélia reclama depois do susto.
— Perdão! — grita de volta, acenando para a prima.
— Tudo bem! Só cuidado!
— Pode deixar! — é a vez de Bruna gritar.
Sorrio, pegando meu celular.
— Vamos jogar, K? — Brooke pergunta me abraçando por trás.
— Não sei.
— É saudável, sabia? — Brooke me solta para poder ficar de pé.
— Brooke... — olho para onde estão jogando. — é que...
Os primos de Brooke estão em grupos mistos, ele gritam, riem e roubam enquanto jogam — sem deixar de falar da vizinhança ou qualquer outra pessoa que conheçam.
Sinto meu corpo estar preguiçoso, parece legal ir lá jogar com eles, parece mesmo divertido e tão... energético e familiar.
Aparenta ser meio fora de realidade eu estar aqui, entre eles, como se fosse da família ou alguém bem próximo. Quer dizer, eles são até fofos e sempre inclusivos, como se eu não fosse uma intrusa, porque é o que sou, de fato.
Eu nem deveria estar aqui, é o total oposto do que eu faço, é o total oposto do que eu sou. Não gosto de inturmar, nada de se apegar, nada dessas coisas de amizade.
Bom, mas estou aqui. E tenho que ser educada.
— Aposto que não sabe jogar e vai arranjar uma desculpinha — Patrick debocha.
— Você acha que sabe de tudo né? — retruco, olhando-o.
— Aposto — ele ergue a sobrancelha.
Respiro fundo, não sei se é por ele sempre acabar me irritando, ou pelo fato de que tento não olhar para os seus lábios. E se eu olhar... vou perder o foco.
— Patrick, não é hora pra isso — ouço Brooke dizer, quase irritada com o primo.
— Vamos ver então. Mas eu duvido, que você seja melhor do quê eu — o desafio ao me manter de pé, ao lado de Brooke.
Ouço os gritos dos primos deles que estão conosco, rindo e se empolgando com minha resposta à Patrick.
— É isso aí, K! — ela abraça a minha cintura, animada por eu ter topado jogar com ela e os primos.
— Hm, vamos ver — ele deixa sua garrafa de água em cima da toalha e se levanta também.
Brooke e eu passamos por Quinn e as outras crianças antes de chegarmos ao que estão jogando vôlei.
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A Força Do Querer
RomanceTudo estava sobre controle na vida de Kiara, ela tinha o apoio para fazer o que desejasse, sentia que a família era seu tudo, confiava nos pais. Era feliz, era ela. Sem vícios, sem amargura, sem medos e desconfiança. Patrick nem sempre pôde confiar...