capítulo 103| mama is back

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Por mais que Patrick tenha me mandado uma mensagem ou outra no período da tarde desde a última vez que o vi, há três dias, não consigo não estar preocupada, ele já não vem para a faculdade tem dois dias seguidos.

Patrick não mente para mim, mas também não me dá uma informação sequer sobre o que está acontecendo. Brooke parece tensa com as faltas de Patrick, mas também não sabe me dizer exatamente o que está acontecendo.

Tem sido difícil estar longe de Patrick sem saber o que acontecendo de fato, só pode ser algo grave e ele está tentando de alguma forma me proteger, mas está fazendo isso de uma forma totalmente errada e eu não quero ser protegida.

Não falei com nenhuma das irmãs dele nesses últimos dois dias também, o que é mais preocupante ainda. Parece que elas perderam o sinal de internet da casa delas.

Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo e pego meu celular para pedir um carro de aplicativo. Se Maomé não vai até a montanha, a montanha vai até Maomé.

Eu deveria ter feito isso no primeiro dia que Patrick não foi para a faculdade, deveria ter ido mesmo até a casa dele saber o que está acontecendo, mas quis respeitar a sua privacidade, não ser invasiva ou lhe dar motivos para ficar chateado comigo. Eu não queria isso.

Assim que o carro chega em frente a minha casa, entro no carro, cumprimento o motorista e mando mensagem para meu pai avisando que estaria na casa dos Pattersons que não precisava se preocupar. Fiquei o trajeto inteiro tensa, não sei o que pensar, ou o que vou encontrar quando chegar lá.

O motorista do carro para em frente a casa de Patrick e eu desço, observando o seu carro Toyota Camry preto estacionado do lado de fora da garagem. Significa que ele está saindo, mas por que não está indo para a faculdade?

Sigo a trilha até a porta da entrada principal da casa e a observo enquanto caminho. Está anoitecendo, tenho quase certeza de que estão todos em casa, Quinn deve estar brincando, Sophie lendo algo e Perla deve estar pensando em fazer algo para o jantar. Bruce pode estar tocando piano ou trancado em sua suíte. Já Patrick, bom Patrick não faço ideia, mas sei que está em casa, seu carro do lado de fora evidência isso.

A maioria das cortinas da casa estão fechadas, em primeiro momento, não dá para perceber movimentação alguma dentro da casa e isso é muito esquisito.

Dou uma olhada pela garagem, mas ela está trancada. Caminho até uma das longas janelas de vidro que geralmente dão vista para a sala de estar, mas boa parte da cortina está cobrindo tudo, o pouco que eu vejo mostra um ambiente escuro. Quase nunca vejo a casa dos Pattersons assim, isso só acontece quando todos vão dormir.

Saio de perto da janela de vidro maior e vou até a porta principal de entrada, permaneço em silêncio tentando ouvir qualquer barulho que seja, nem um gritinho ou sorrisinho de Quinn, nenhuma cantoria de Sôph.

É como se a vida do lar dos Pattersons tivesse sido sugada, ou como se a casa não fosse mais deles.

Reúno minha coragem e aperto a campainha. Espero que Patrick não fique muito bravo com isso, sou a namorada dele e fui fazer uma visita, não há nada demais nisso.

Respiro fundo.

O que deve ter acontecido aqui?

Penso em apertar a campainha novamente depois de esperar por longos minutos alguém abrir a porta para mim. Devem estar no andar superior ou no quintal para estarem demorando tanto assim para abrir a porta.

Quando meu dedo quase toca a campainha novamente, a porta é aberta e eu dou um passo para trás, assustada. Uma mulher da minha altura é revelada, e um sorriso simpático está presente em seu rosto.

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