capítulo 58| Seattle city

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|Kiara Johnson|

Patrick parece pensar acerca de tudo que tem vivido, será se ele consegue enxergar todo o peso da responsabilidade que ele carrega? Será se ele consegue ter consciência que ele é jovem demais para isso tudo?

Guardo para mim a vontade de dizer que ele é incrível, acho que ele não acreditaria muito na espontaneidade de minha fala e coloco minha mão em sua perna.

— Estamos pensando em procurar uma babá para Quinn, achamos que está na hora de ter alguém assim. Perla estará mais envolvida com a escola no próximo ano e não é justo dar qualquer responsabilidade do tipo para Sôph.

Afirmo com a cabeça.

— Uma babá parece ótimo. Vocês têm mais algum tipo de ajuda?

— Temos uma funcionária que vai três vezes na semana, para fazer uma limpeza geral, durante a semana nós acabamos não nos preocupando com isso — Patrick da de ombros, parando em frente a minha casa. — entregue.

— Não pode me sequestrar? — brinco.

— Parece interessante — ele diz entrelaçando nossas mãos. — Até logo, K.

— Até logo, Patsy — lhe dou um beijo rápido.

Pego meu urso e saio do carro de Patrick.

Na noite anterior mandei mensagem para meu pai avisando que dormiria na casa de uma amiga e que não precisava se preocupar.

Suspiro aliviada ao passar pela sala de estar de minha casa e não encontrar meu pai logo de cara, então subo as escadas o mais rápido que posso e entro em meu quarto.

Coloco o urso que Patrick me deu na beirada da minha cama, apoiado na parede do quarto e retiro o casaco de Patrick antes de ir ao banheiro. Separo minhas roupas sujas e coloco um pijama antes de deitar na cama para ler um livro.

Alguns dias depois

Encaro a cidade — ou melhor, os prédios e o lago — pela pequena janela do avião quando finalmente estamos sobrevoando Seattle.

Quando meu pai apareceu com as passagens compradas para passarmos o dia de Ação de Graças em Seattle eu sabia que era inegável eu não comparecer a esta comemoração familiar.

— Tão rápido quanto eu disse que seria — meu pai comenta quando o piloto avisa que estamos prestes a pousar no aeroporto internacional de Seattle.

Apenas afirmo com a cabeça, sem encará-lo.

Quando o avião está em terra firme, fomos liberados para descer da aeronave e meu pai me ajuda com a minha bagagem de mão para podermos descer e encontrar nossa família.

Caminhamos lado a lado, calmamente para não nos perdermos um do outro. O aeroporto está lotado. Bom, é véspera de feriado, não poderia ser diferente.

Meu pai chama por um carro de aplicativo e não trocamos uma palavra enquanto esperamos. Não que eu esteja odiando totalmente, mal chegamos, mas a verdade é que eu gostaria de estar em minha casa.

— Você primeiro — meu pai diz ajudando o motorista a guardar nossas malas.

Faço o que ele diz e me sento no banco traseiro do carro.

— Vamos nessa — meu pai tenta me empolgar. É o que ele tem tentado desde que deixamos Santa Mônica no começo da tarde. Felizmente, os voos para Seattle não são tão longos.

A Força Do QuererOnde histórias criam vida. Descubra agora