Durante as últimas semanas, continuei indo para a faculdade normalmente e tendo aulas de direção com Patrick, por isso, acabei passando pelo menos umas duas vezes na casa dele e acabei encontrando com as irmãs e o pai deles.
Patrick ficou comigo durante todo o domingo antes de ir embora próximo à meia-noite para ir cuidar das irmãs. Quando meu pai voltou de viagem, me deu uma longa bronca pela ressaca que tive e quase me deixou de castigo.
Retoco meu batom vermelho e me encaro novamente no espelho.
Acho que estou bonita.
Estou vestindo uma blusa vermelha de manga longa e um conjunto de colares dourados, uma saia preta e botas para combinar. Deixei meu cabelos soltos mesmo, acho que não fará mal algum.
Como eu imaginava, meu pai e eu não fomos passar o natal com nossa família em Seattle. Ele ainda está brigado com os irmãos e creio que isso só se resolverá após o Ano Novo — o que pra mim não é nenhum problema.
Com relutância, meu pai deixou que eu fosse passar o natal com Patrick e a família dele, e me deu um sermão sobre não querer que fôssemos uma família que comemora o natal separados, mas acabou desistindo dessa ideia e irá para a casa de um casal amigo dele e eu com Patrick e a família dele, como combinamos.
Pego uma bolsa de lado e desço para pegar a torta de limão que encomendei para levar para o natal com os Pattersons — sou uma péssima cozinheira, então o melhor foi pedir para que Jane fizesse algo para mim.
— Se comporte, como você sairá por último, feche bem a porta. Feliz natal — meu pai me desejou, me dando um beijo na testa antes de sair de casa.
Quando Patrick chega para me buscar, saio de casa e deixo a porta aberta para que Patrick me ajude com as outras coisas. Gentilmente, Patrick abre a porta do carro para mim e me ajuda com a torta e em seguida com os presentes que estou levando.
— Pronta? — Patrick pergunta passando o cinto de segurança em si mesmo.
Afirmo com a cabeça logo após passar o cinto de segurança em mim.
— Você está linda — ele diz tocando em meu rosto.
Sorrio e agradeço.
Patrick me conta como costuma ser o natal na casa deles para que eu não tenha nenhuma surpresa ou me sinta estranha e deixou claro que eu deveria me sentir em casa e sem preocupação alguma pois eu já conhecia a todos.
Não deixo de me sentir menos agitada, mas mesmo assim, não sinto vontade de correr para longe, é algo totalmente diferente para mim, mas tenho que encarar novas atividades e perspectivas. Tenho tentado mudar isso desde meu último porre, no dia de ação de graças, me sinto completamente envergonhada com aquilo.
Patrick estaciona o carro dele em frente a garagem.
Patrick e eu ficamos parados uns instantes, encarando a casa toda decorada do lado de fora para o natal. Acho que ele está me dando um tempo.
Gosto que ele respeita meu espaço.
Patrick desliga o carro e chama Sôph para nos ajudar com as coisas que trouxemos.
— Quinn vai achar que você é o papai Noel, Kah — Sophie comenta, sorrindo. — a mamãe noel, no caso.
Sorrio.
Não queria mesmo chegar de mãos vazias, além da sobremesa, trouxe presentes para cada um. Foi muito difícil escolher o que comprar, mas Brooke me auxiliou nessa empreitada.
Patrick levou a sobremesa para a cozinha e eu e Sophie colocamos os presentes embaixo da árvore de natal junto com os outros presentes.
Há uma música natalina em volume baixo ecoando pela sala de estar, que está toda decorada com uma árvore de natal, pisca pisca e uma miniatura de um papai noel em cima da pequena mesa principal.
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A Força Do Querer
RomanceTudo estava sobre controle na vida de Kiara, ela tinha o apoio para fazer o que desejasse, sentia que a família era seu tudo, confiava nos pais. Era feliz, era ela. Sem vícios, sem amargura, sem medos e desconfiança. Patrick nem sempre pôde confiar...