Sophie deixou de me fazer perguntas e se concentrou na luta em si, em chutar o máximo de sacos que ela conseguia, com o máximo de força que ela possuía. Também entrei nessa e Jonas nos auxiliou, ambos se deram muito bem, o que foi um alívio para mim, Sophie é muito carismática e fácil de conversar.
Nossa manhã no BoxUnion foi super agradável, apesar de que eu não sei qual de nós duas estava mais frustrada enquanto estávamos reproduzindo os movimentos que Jonas nos auxiliou a fazer.
— Tá, quero fazer isso mais vezes — Sophie comenta enquanto limpa as mãos no vestiário feminino do BoxUnion.
Sorrio.
Foi exatamente isso que pensei na primeira vez que vim aqui.
— Podemos vir juntas aos fins de semana — proponho.
Ela afirma com a cabeça.
— Vêm, vamos tomar sorvete — falo, passando um dos braços em seu pescoço e fazendo-a andar para fora do vestiário.
Nós saímos da academia de boxe e caminhamos tranquilamente até a sorveteria que fica próximo ao local.
Depois que terminamos de comer nossos sorvetes, passamos no Urth Caffe que fica apenas a cinco quadras da academia de boxe para pegar croissants para Perla.
— Ela vai adorar — Sophie comenta enquanto saímos do carro de Perla.
Sorrio.
Pensamos em pegar esses croissants de surpresa, já que Perla adora.
Sophie entra na casa primeira e eu a sigo, a casa está estranhamente silenciosa.
— Eu odeio o clima que esse lugar está desenvolvendo — Sophie comenta, suspirando.
— Posso abrigar você na minha casa.
— Eu ia adorar, mas não posso abandonar minha família.
— Posso abrigar todos.
Sophie sorri.
— O que aconteceu, Perlita? — pergunto quando vimos Perla descer às escadas apressada.
— Estou cansada disso! — ela diz irritada, passando por nós.
— Onde você vai? — Sophie pergunta, confusa.
— Acabar com tudo isso.
— Não entendi o que ela quis dizer com isso — Sophie diz, me olhando preocupada.
— Patrick! — Sophie chama pelo irmão assim que o vê fazendo a mesma rota que Perla.
— Perla está irredutível. Disse que ia conversar com nossa mãe — Patrick explica.
— Como?
— Não faço ideia. Vamos querer a opinião do seu pai — Patrick volta sua atenção para mim.
Pego meu celular e o desbloqueio, procurando pelo contato de meu pai.
— Brooke passou aqui mais cedo e pegou Quinn, nosso pai saiu com a tia Meggie e a tia Vic para um reunião com uns advogados — Patrick avisa.
Entrego meu celular para ele, que conversa com meu pai por alguns minutos e marca um encontro com ele e os outros advogados para o começo da noite.
— Bom, os croissants vão ficar para depois então — Sophie diz.
— Trouxeram para Perlita?
Afirmo com a cabeça.
Patrick suspira.
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A Força Do Querer
RomanceTudo estava sobre controle na vida de Kiara, ela tinha o apoio para fazer o que desejasse, sentia que a família era seu tudo, confiava nos pais. Era feliz, era ela. Sem vícios, sem amargura, sem medos e desconfiança. Patrick nem sempre pôde confiar...