5

22.4K 1.2K 37
                                    

Vargas.

Porra viu. Ainda mandei aqueles porra resolver a parada. Não resolveram e eu tive que ir.

Bagulho foi tudo muito rápido, uma loucura.

Só senti o líquido gelado entrando em atrito com meu corpo quente.

Na hora eu quis matar pô, sem caô nenhum.

Mas quando escutei aquela voz, e olhei pra dona da voz, eu paralisei legal.

Não tive nem reação.

Sai do meu transe com ela saindo de lá, deixando seu cheiro maravilhoso pra trás.

Passei a mão no meu cavanhaque, voltando ao meu normal.

Neguei com a cabeça e sai dali.

Freitas: porra foi essa, irmão? - apareceu me olhando.

Eu: aquelas porra brigando, esbarrou numa mina e ela acabou batendo em mim e derrubando a bebida. - falei me lembrando da cena.

Freitas: e cadê a finada? - neguei, e ele me olhou confuso. - tu num fez nada com ela?

Eu: vou fazer o que, cuzao? - encarei ele, que levantou a mão. - aí Tody, vai lá no carro e pega uma blusa pro pai pô.

O mesmo mandou um jóia e desceu.

Passou um tempo, ele apareceu com a blusa na mão.

Sabiá: porra, que novinhas top. - falou na grade, olhando pra um local fixo. - chega aí patrão, é coisa fina.

Ri negando e fui até a grade, olhando pro local onde ele apontou.

Tinha duas meninas, uma com o cabelo castanho e outra com o cabelo pretinho, e um moleque.

Quando a garota do cabelo preto virou, logo lembrei dela.

Eu: aí Freitas... - ele se aproximou. - conhece aquela ali? - apontei disfarçadamente.

Freitas: não pô, deve ser do asfalto. - concordei, observando ela.

A mina era perfeita, irmão. Meu número mermo, já fiquei interessado.

Passei uma cota ali, observando ela.

Seu sorriso era coisa de outro mundo.

Tody: ih porra, tá viajando aí é? - se aproximou. - tem é cota que tá aí.

Eu: observando a movimentação, parceiro. - ele me olhou desconfiado e concordou.

Tody: to ligado viu. Te conheço não. - debochou e eu mandei dedo.

[..]

Freitas: se for pra ficar secando a mina o baile todo, manda alguém chamar ela pra cá. - falou me entregando o cigarro de maconha. - tá perdendo é tempo.

Eu: tô na boa, Freitas. - ele riu negando.

Freitas: esqueceu a sagacidade. - tirou onda e eu olhei pro mesmo sério. - Aí sabiá, manda as mina e o mano lá subir.

Sabiá concordou e saiu dali, indo em direção a novinha gata.

Ele falou alguma coisa, e apontou pra cá.

Eu continuava com minha cara fechada.

Ela olhou pra cá, desconfiada. Os amigos dela já ficaram animados.

Só ela... Só ela que ficou de cara fechada.

Até parecia que não queria vir pra cá.

Eles subiram, e ela ainda tava de cara virada.

Freitas: eu boto fé que já vou ideia naquela ali. - apontou pra amiga da branquinha. Dei de ombros.

Eu: vai que é tua, meu parceiro. - sorri de lado.

Freitas: perde teu tempo não em, vai pra cima. - riu, fazendo um toque.

Observei o mano se aproximar da garota, e logo começaram a desenvolver um papo.

A garota dos cabelos pretos, conversava com o amigo. Parecia tá bolada mermo.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora