Vargas.
4 meses depois.
Depois da notícia que Ágata tava em coma, tudo foi ladeira abaixo, irmão.
Nenhum progresso. Nenhuma melhoria.
Tava na fé mermo pô, mas cada dia que passava, parecia que nada ia pra frente.
A única coisa boa mermo foi minha filhota.
Graças a Deus tá crescendo cheia de saúde. Os primeiros dias foi brabo o negócio, mas o pai pegou as manha.
Mais falar pá vocês, mó saudade da minha nega.
Renata: vai visitar ela hoje? - encarei a pilantra que tava entrando no quarto.
Eu: que dia que eu não vou, rapariga? - falei calçando o tênis. - só quando tem corre doido mermo.
Renata: me ligaram do hospital. - ergui a sobrancelha, olhando pra ela. - estão querendo desligar os aparelhos. Não tem nenhuma... - interrompi a mesma.
Eu: quero saber dessa porra não, Renata. - falei bravo. - tu respondeu o que? Quem paga aquela porra sou eu, irmão. Se eu tô pagando, eles tem que deixar aquele caralho ligado o tanto de tempo que eu quiser. - neguei, passando a mão na cabeça.
Renata: eu sei, Renan... - falou me olhando, e eu respirei fundo. - você acha que eu quero que desligue aquilo? Tá chapando? - passei a mão no rosto.
Me deixou foi sistemático pô, tá maluco.
Eu: só... - mandei um jóia e catei minha carteira e minha pistola. - cadê a Lara?
Renata: Ingrid. - concordei.
Desci as escadas voando. Se aquele hospital quer atormentar meu juízo, eu que vou atormentar eles. Ponho aquela porra no chão, bando de capetas.
Catei a primeira chave do carro e destranquei, adentrando no mesmo.
Dei partida e sai cantando pneu. Já fiquei do jeitinho que o diabo gosta.
[..]
Eu: NÃO QUERO SABER, PORRA. - falei alterado. - CADÊ O DONO DESSA MERDA? O DIRETOR? O CARALHO QUE FOR. - o pessoal me olhava assustados. - EU PAGO É CARO NESSE LIXO, NÃO É MÊS NÃO... É POR DIA! AI VEM UM MERDINHA DESSE AI FALANDO QUE VAI DESLIGAR ESSE APARELHO?
Xxx: senhor, tenha calma. - a moça da recepção falou assustada.
Eu: CALMA EU VOU TER QUANDO EU DERRUBAR CADA UM DE VOCÊS COM UM TIRO NA TESTA. - todo mundo ficou em silêncio. - Ninguém vai aparecer pra resolver? - falei mais baixo.
Xx1: Desculpe a demora. - apareceu um velhote barrigudo. - houve um engano.. ninguém irá desligar aparelhos. Sabemos que o senhor está arcando com um valor alto. Eu e toda a equipe pedimos desculpas. - falou sem graça.
Eu: espero que não se repita. - respirei fundo, fechando os olhos.
Eu tava no ódio. Só queria que esse mar de azar passasse logo. Que minha mulher acordasse logo e viesse viver tudo de bom que a vida nos espera.
Sai daquela sala indo em direção ao quarto na qual ela estava.
Todo branco, aparelhos apitando. Mesma coisa.
Ela estava mais magra, a pele um pouco pálida, a boca sem cor. Os cabelos ásperos.
Era foda.
Me sentei na cadeira ao lado dela, e peguei em sua mão, na qual, estava quente.
Ergui a sobrancelha e subi meu olhar pra mesma.
Dormia calmamente. Nem parecia estar em coma esse tanto de tempo.
Bagulho louco. Até uns dias atrás, nem parecia ter vida ali.
Eu: Fala tu, minha gata. - suspirei, segurando a mão dela. - tu num acha que tá na hora de acordar não? Pô, tá difícil continuar a caminhada sem você. Nossa cria tá só crescendo, amor. Eu sinto sua falta. Se eu soubesse que ia rolar esses bang todo, eu nunca tinha deixado você sozinha. Tenho medo de te perder, nega. - fechei os olhos. - volta pra casa, volta pro teu marido.
Fiquei um tempo calado. Tô ligado que era impossível ela simplesmente abrir os olhos e sorrir pra mim. Neguei.
Logo senti um aperto na mão. Fraco, mas ainda sim, senti.
Arregalei os olhos e olhei pra ela, que tinha uma lágrima rolando.
Eu nem tinha reação. Pegou o malandro de surpresa.
Renata.

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𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.
FanficNós dois não tem medo de nada Pique boladão, que se foda o mundão, hoje é eu e você Nóis foi do hotel baratinho pra 100K no mês Nóis já foi amante louco, quantas vezes nós virou ex Bota a chave pra girar que se pá chegou nossa vez Tipo Santos na Bel...