157

5.7K 411 30
                                    

Vargas.

Era sinistro pô, quando o capeta não vinha, mandava o secretário mermo.

Tinha nem o porquê daquela garota vim de papo comigo. No primeiro lero que trocou, já mandei a visão que tinha mulher... Mas parece que não se toca pô, tem prazer de querer tá em cima.

Mandei o papo de novo, já estressado, vontade de meter um tiro logo.

Quando terminei de falar, dona encrenca tava atrás. Já marcou em cima.

Depois que o satanás caiu fora, sobrou pra minha reta. Que porra mermo.

Ultimamente tava nessa loucura. Toda afoita. Cheia de ódio no coração.

Tudo era voltar pra raparigagem, parece que já vivia no intuito de cair fora.

Encarei ela a minha frente, que tava com os braços cruzados, pensativa. Respirei fundo e neguei.

Eu: quer comer algo? - encarei Lara, que negou. - cadê sua tia purpurina?

Lara: ó lá. - apontou pra Eric que tava na pista de dança.

Parecia uma gazela louca.

Eu: vai lá dançar com ele, deixa papai conversa com a encrenca. - Lara me olhou curiosa. - você que planejou a confusão.

Lara: eu? - falou fazendo careta. - eu nada, o senhor que... - neguei suspirando.

Eu: tá bom, Lara. - fechei os olhos. - faz o que o pai tá pedindo, jajá tu cola de volta.

Ela me olhou, resmungou e foi em direção ao Eric.

Assim que ele viu ela, bateu palmas e pegou as mãozinhas dela.

[..]

Eu: não tem pra quê ficar assim, pô. - Ágata encarava algo. - sério mermo, tu quer separar? Tu fala, não precisa ficar jogando toda hora na cara.

Ágata: tô falando algo? - sua voz saiu delicada, mas eu sabia que ela tava estressada. - quem deveria tá falando isso, sou eu. Você faz as coisas e quer sair ileso? Não fode, Renan.

Eu: que coisas, Ágata? - perguntei confuso. - parece que eu vivo aprontando nessa porra.

Ágata: tá bom. - a mesma fechou os olhos, parecia estar se controlando de algo.

Eu: agora tu vai falar. - encarei ela.

Ágata: a gente tá numa festa... Respeita. - ela continuou de olhos fechados.

Eu: não seja por isso, a gente vai pra outro canto, e depois que resolver esse b.o, a gente volta. - ela me olhou curiosa.

Ágata: não tô afim. - deu de ombros. - sério, depois a gente resolve. - neguei.

Era muito fácil né pô, plantar um bagulho na minha mente, fazer e acontecer e na hora de resolver, cair fora.

Eu fico maluco mermo pô, que caralho.

Ágata: tá Renan, tá bom. - disse se levantando e indo em direção a Eric.

Ela falou alguma coisa no ouvido da purpurina, que olhou em minha direção e ergueu a sobrancelha. Mas ficou calado e concordou. Ela deu um beijo no rosto de Lara e veio em minha direção, pegando a bolsa pequena e o celular.

Não falou nada, só saiu na frente, parando logo em seguida.

Ágata; vai ficar sentado? - me olhou. Ergui a sobrancelha e me levantei.

Ajeitei o terno e fui seguindo ela.

Aquela mulher era meu inferno astral.

Me comandava de todas formas e jeitos possíveis.

Não passava e nunca passou pela minha mente de fazer qualquer tipo de sacanagem com ela. Tá maluco, porra. Lutei pra caralho pra tá no patamar que tô na vida dela, e ela simplesmente acha que vou fazer alguma parada que foda com tudo.

Tenho consciência, porra. Sou moleque não.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora