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Ágata.

Se eu sabia o que fazer? Sabia não.

Eu tava dando um tiro pela culatra, nem eu sabia o que tava rolando dentro de mim.

Respirei fundo, quando senti o mesmo me puxando para um abraço.

Nem relutei.

Senti seu cheiro adentrando pelo meu nariz, inebriante, me deixando bêbada com aquele perfume sensacional.

Vargas: a gente vai tentando, e se não der certo, a gente continua tentando. - fiquei calada, apenas assenti.

Era único. Aquele momento era único.

Que saudades de estar assim com ele. De abraçar ele. De sentir o cheiro dele.

Meu Deus do céu.

Ele alisava minhas costas, deixando um rastro formigando.

Vargas: você é tudo pra mim. - sussurrou. - e eu não quero ficar nem um segundo longe de você.

Fiquei calada.

Parecia que eu tinha levado um soco no estômago. Tudo revirava.

Minha mão tremia de emoção. Meu coração palpitava loucamente.

O que esse homem tinha, minha gente?

Foi chá de pica mesmo.

Ou não.

Eu não podia negar pra mim mesma que eu estava perdidamente apaixonada por ele.

Mas também eu não iria falar nada a ele. Que dia!!!!! Ele que fale primeiro.

Nos separamos e ficamos um tempo se entreolhando, era muito louco essa sensação de impotência.

Vargas: vai ficar tudo bem. - sussurrou, segurando minha mão.

Eu: eu espero. - forcei um sorriso.

Vargas: não vou te largar não pô, nunca. - apertou de leve minha mão. Eu sorri e ele me puxou, segurando minha cintura.

Com seu polegar, ele alisou minha bochecha, e logo pôs sua mão na minha nuca, me puxando para ele.

Nossos lábios se tocaram, e logo meu corpo entrou em êxtase. Começamos um beijo caloroso, cheio de desejo, e tinha algo indecifrável. Com sentimentos? Com certeza. Mas qual seria?

Ele apertava minha nuca devagar, e com a outra mão, apertava minha bunda.

Aquilo era o paraíso.

Paramos o beijo com Eric gritando.

Nós nos separamos e eu olhei assustada pro viado que tava eufórico.

Eric: EU VIVI PRA VIVER ISSOOO. - falou pulando.

Vargas: purpurina do caralho. - resmungou.

[..]

Eric: mas queen, tem tempo? - neguei, enquanto tomava um gole do meu refrigerante. - se resolveram hoje?

Eu: foi viada. - ele me olhou, pensativo.

Eric: mas quem tomou partido? - disse curioso.

Eu: Vargas. - sorri e ele bateu palmas.

Vargas: só porque você fica se fazendo de difícil. - bufou.

Eric: já tava na hora desse panaca vir atrás. - resmungou.

Vargas: e o respeito? Enfiou no... - arregalei os olhos e tampei a boca dele.

Eric: Queen, ele tá muito desaforado. - fez careta.

Eu: você que começa, Eric. - suspirei.

Vargas: tu tá precisando é de um negão, pra ver se deixa de ser prosa ruim. - falou sério e eu ri.

Eu: meu pai amado. - neguei.

Eric: não vou negar que tô precisando mesmo. - fez bico. - mas tá difícil arrumar um bebê. - neguei rindo.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora