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Vargas.

Nem fomo pra lugar longe pô, tô ligado que ela ia querer voltar pra festa, casamento da amiga, mó vacilo esses bagulho.

Paramos em frente a praia, bagulho deserto, assim ninguém fica telando a gente.

Ela olhou por uns segundos o local, e desceu do carro, deixando a bolsa e celular no banco.

Fiquei só observando aquela maluca saindo como se nada estivesse acontecendo.

Respirei fundo e neguei, era loucura irmão.

Desci do carro e travei o mermo, indo atrás dela, que se sentou na areia mesmo.

Eu: vai voltar pra festa não? - ergui a sobrancelha.

Ágata: só bater o vestido. - disse olhando o mar.

Eu: vai ficar desse modelo aí mermo? - ela ficou calada, mas logo seu olhar pareou com o meu. - qual foi o caô pô? A gente tá tão bem, o clima gostosinho... nosso casamento tá mil grau. Tu tá querendo divórcio? Se for isso, nós arruma advogado pô... Uma coisa que não quero é te ver infeliz. - falei tudo que passava pela mente.

Era um bagulho até que eu evitava pensar, tá ligado? Me deixava neurótico, bolado mermo. Tá maluco, perder minha pretinha assim? Da não pô, vou surtar legal.

O que matava era o silêncio dela, me deixava puto.

Se quer algum bagulho, não fica de enrolação não pô, chega e fala, pronto, já era.

Ela respirou fundo e me olhou, negando.

Ágata: tudo pra você é terminar né? - desviou o olhar, e negou. - pra você é fácil pensar nessas coisas né?

Eu: não tô falando... - ela me interrompeu.

Ágata; se põe no meu lugar, Renan. - ela me encarou. - não é de hoje que Lara chega falando essas coisas.. e no casamento da Ingrid você faz a mesma coisa? Quem tá parecendo querer divórcio aqui, é você. - disse com raiva. - é fácil pra dono de morro né, qualquer esquina arruma uma buceta.

Eu: para de falar essas coisas, irmão. - falei nervoso. - se fosse pá casar e separar eu nem tinha casado, tira essas noia da mente.

Ágata: noia né? - riu negando. - queria ver se fosse algum macho falando comigo.

Eu: começou. - neguei, passando a mão no rosto.

Ágata: eu vou ser bem sincera pra você... Ou você toma um prumo e resolve o que você quer na vida, ou eu caio fora... - olhei pra mesma apavorado.

Col foi irmão... Quem vê pensa que tô aprontando todas. Porque ninguém acredita que o antigo Vargas morreu? Pô, é tão difícil assim?

Eu: pô amor, para com isso. - respirei fundo e ela me encarou.

Ágata: tô falando sério, Vargas. - disse cansada. - casamento não é brincadeira.

Eu: Ágata, pelo amor de Deus... eu não to agindo na pilantragem não. - ela concordou.

Ágata: tá bom. - a mesma se levantou. - morreu assunto.

Ela bateu o vestido e me deu a mão, para ajudar a levantar.

Fiquei calado e segurei a mão dela, me levantando sem pôr peso pra ela puxar.

Eu: acredita em mim, mulher... - puxei ela pela cintura. - tô sendo puro contigo, tu é minha mulher, cara. - ela apoiou a cabeça no meu peitoral. - é você que eu amo, para com esses pensamentos.. sempre será você, tu tá ligada no andar da carruagem. Tem espaço só pra você, e pra nossa família.

Ágata: desculpa. - sussurrou. - eu... meu Deus, de onde eu tirei isso? - me olhou com os olhos vermelhos. - eu te amo, me desculpa.

Eu: calma cara. - segurei ela. - só não pensa nesses bagulho, tendeu? Sou moleque não. Tô é contigo. Fechado mermo. Tu que comanda meu coração e minha vida. - ela sorriu sem jeito e me abraçou.

Respirei fundo, bagulho era sinistro.

Tinha algo errado nela, os nervos a flor da pele. Sei não pô.

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Aí gente, tá difícil desapegar da história, não tenho um final descente pra eles... Tudo se resume em divórcio ou morte, me ajudem!!!! 🤣😭😭

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora