Ágata.
3 meses depois.
O mundo parecia ser uma farsa. Ninguém se importava com nada, entende? Parecia que ninguém estava sofrendo pela perca do Vargas.
Acho que a única que não aceitou esse fim trágico foi eu mesmo.
Pessoas ficam rindo, curtindo. Como se nada tivesse acontecido.
O pior dia da minha vida, sem dúvida foi ter perdido meu filho... Mas logo em seguida, perdi o amor da minha vida.
Como a vida é cruel, tem sido dolorido. A cada dia que passa, um sofrimento diferente, uma dor, um pensamento maligno.
No dia do velório, o caixão teve que ser lacrado, pois disseram que levou tanto tiro, que seu rosto tava desfigurado.
Eu não acredito, eu não aceito.
Tudo tem sido tão triste, os dias vazios sem ele comigo.
Todos os dias eu me culpo. Me culpo por não ter aceitado ficar com ele, de dar outra chance.
De deixar ele sair para aquela invasão.
Eu perdi tudo. Perdi dois bens valiosos.
Eu não saia, não comia direito, não conversava com ninguém. Eu vivia na minha bolha.
E tá tudo bem. Melhor do que maltratar alguém. Fingir algo, sendo que não é real.
Freitas: você tem que sair um pouco. - apareceu na porta, e eu só olhei pra ele, negando.
Eu: estou bem. - falei baixo.
Freitas: você não tá bem. - bufei. - Ágata, você acha mesmo que Vargas iria querer te ver assim? - encarei o mesmo. - você não come, cara. Não sai, tá se afundando na depressão.
Eu: isso é hora de me dá sermão? - ergui a sobrancelha, e me sentei na cama. - acho muito engraçado... tem 3 meses que ele se foi, e todo mundo tá curtindo como se fosse algo normal. - falei com raiva. Minha garganta travando, me entregando que eu queria chorar.
Freitas: não fala o que você não sabe. - falou com ódio. - você não tem o direito de anular o sofrimento do outro. - apontou pra mim. - eu cresci com ele, vivi com ele... Tá achando que só você pode sofrer?
Eu: ah, e pra ocupar a mente, você tem que ficar em farra? - ri nervosa. - sério, esse assunto já deu.
Freitas: não é porque você tava com ele, que só você que sofre. - saiu do quarto, e parando. Balançando a cabeça negativamente. - pelo menos tenta comer.
Ele nem deixou eu responder, e saiu do quarto.
Me joguei no travesseiro e dei um grito abafado.
Porque tudo tinha que ser assim?
Me levantei e olhei no espelho. Arregalei os olhos quando me vi naquele estado.
[..]
Eric: não acredito. - sussurrou e eu sorri fraco. - Queen.. - veio correndo me abraçar.
Eu: não tô bem, mas preciso ficar né? - murmurei. - vai ficar tudo bem, eu creio.
Eric: vai sim amiga. - alisou minha costas.
Didi: a gente tava tão preocupado com você. - me deu um copo com refrigerante.
Eu: acho que tomei um choque de realidade. - suspirei, vendo Freitas me olhar curioso. - obrigada. - sussurrei.
O mesmo só concordou.
Nada anulava o fato de que eu estava sofrendo. Tudo em mim, parecia estar em pedacinhos.
Tinha que pôr uma máscara e fingir que estava bem. Coisa que de fato, eu não estava.
A falta dele, o cheiro dele, o carinho dele, tudo... Me deixava destruída.

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𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.
FanfictionNós dois não tem medo de nada Pique boladão, que se foda o mundão, hoje é eu e você Nóis foi do hotel baratinho pra 100K no mês Nóis já foi amante louco, quantas vezes nós virou ex Bota a chave pra girar que se pá chegou nossa vez Tipo Santos na Bel...