𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.

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Ágata.

Meses depois.

Os dias se passaram voando.

Muita coisa mudou, muita coisa aconteceu.

Umas coisas melhoraram, e outras, nem tanto. Tem que manter o equilíbrio né?

De tanto me perturbar, vim morar com Vargas. As coisas estava indo bem, bem até demais.

O santo até desconfiava.

Os pais de Ingrid não saia da cola dela.

Freitas enchia o saco até debaixo d'água.

Vargas tava numa coisa comigo, e eu já tava virada no avesso com ele. Qualquer coisa queria arrumar guerra. O que era? Não faço nem ideia.

Eric: tá uó. - disse olhando o celular. - vou mandar te internar.

Eu: tô estressada. - resmunguei, olhando pro teto.

Didi: isso é gravidez. - falou olhando o celular, e logo me olhando.

Eu: tá louca? - ergui a sobrancelha.

Eric: tem isso também. Qual foi a última vez que desceu? - me olhou e eu fiquei pensativa. Logo neguei. - filha, se deixar, você dá até em cima da casa... Quer ganhar uma BMW é?

Eu: vocês estão falando o que não sabe. - ri nervosa, e neguei.

Eric: vou mandar algum marginal comprar o teste. - falou saindo do quarto.

Eu: ERIC... - gritei, e o mesmo continuou andando.

Neguei rindo.

Didi: você não tá pensando nessa possibilidade? - me olhou, curiosa. - você tá numa birra com Vargas. Enjoada pá porra. - resmungou.

Eu: aí Ingrid, vou fingir que não tô ouvindo isso. - fechei os olhos.

Didi: melhor já digerir a ideia. - sugeriu. - tomara que venha o baby arco íris. - bateu palmas e eu encarei ela, negando.

Preferi ficar calada.

Era muita informação.

Realmente, eu não podia esperar uma BMW enquanto eu tô dando até de cabeça pra baixo. (Ironia)

[..]

Tinha umas meia hora que eu tava dentro do banheiro, encarando aquele tanto de teste a minha frente. Ambos com as duas listas, e outros até com as semanas que provavelmente eu estava.

Meu coração parecia que ia sair fora do peito. Minha respiração desregulada.

Ingrid e Eric loucos lá fora, me gritando.

Minha cabeça começou a girar. Eu até esperava, mas eu realmente não achei que estaria.

Meu estômago começou a embrulhar, e logo ouço a voz de quem eu tanto torcia pra não aparecer, apareceu.

Vargas: que escândalo é esse, porra? - falou grosso.

Didi; tem quase uma hora que Ágata tá aí dentro. - fez fuxico.

Vargas: e o que aconteceu? - falou preocupado.

Eric: aí booooofe. - falou nervoso. - arrebenta erra porta.

Ágata: EU TÔ BEM. - gritei, fechando os olhos. - já vou sair.

Didi: amiga. - sussurrou na porta e eu neguei.

Que notícia boa e estranha.

Respirei fundo, lavei meu rosto e destranquei a porta, vendo eles ali.

Vargas tava mais afastado, encostado na parede, esperando uma explicação.

Fiz careta e me joguei na cama.

Logo vi Ingrid e Eric correndo pra dentro do banheiro. Afundei meu rosto no travesseiro.

Logo escuto um grito afinado e em seguida Ingrid acompanhando.

Eric: EU NAO ACREDITO. - apareceu pulando igual doido. - MEU DEUS.

Vargas: eu vou meter é tiro pra parar com essa gritaria. - falou bravo.

Didi: invés de ficar de marra, olha aí. - entregou o teste pro Vargas.

Levantei a cabeça pra ver a reação dele.

O mesmo ficou um tempo olhando, provavelmente, tentando assimilar.

Meu estômago embrulhou novamente e eu sair dali correndo pra vomitar.

Uó.