75

11.9K 541 14
                                    

Ágata.

Meu celular começou a tocar, chegar notificação, e o escambau todo. Ué?

Olhei no visor, e vários números estranhos e ligações no Instagram.

Dei uma risada e neguei.

Vargas não perdia a chance de tumultuar.

Eric: tá rindo porque, doida? - apareceu ajeitando a blusa.

Eu: Vargas. - ele me olhou curioso. - postei uma foto e danou a ligar.

Eric: louco de pedra. - eu ri. - vamos.

Concordei e peguei minha bolsinha com documentos, cartões e coloquei meu celular dentro da mesma.

Entreguei a chave do carro pro Eric e fomos pra garagem do prédio.

Adentramos no carro e o mesmo deu partida.

_

Eu: nossa, isso tá muito cheio. - falei chocada, olhando para os lados.

Eric: muito mesmo. - bufou. - achei que era mais calmo. Quer ir embora? - neguei.

Eu: vamos comer algo. - ele concordou. - eu vou ter que tomar uma cervejinha sem álcool. - fiz bico.

Eric: será que pode? - fez cara de pensativo. - vamos procurar uma mesa, aí eu procuro no Google. - riu.

Eu: bicha burra. - resmunguei rindo.

Demorou um pouquinho, mas achamos a mesa.

Sentamos e logo apareceu um garçom, fizemos nossos pedidos e ficamos jogando conversa.

Começou a tocar pagode, só as pedrada no coração.

Logo o garçom chegou com minha cervejinha sem álcool e começou a tocar Só pra contrariar.... AÍ NÃO!!!!!!

Eu: meu Deus não, eu não posso enfrentar essa dor, que se chama amooooor... - cantarolei.

Eric: meu Deus, essa é pra você sofrer. - gargalhou.

Didi: NOSSA GENTE. - gritou. - demorei muito?

Eu: demais. - encarei ela. - tá até tocando sofrência pra sangrar o coração.

Didi: amiga, eu trouxe o Freitas. - coçou a cabeça sem graça.

Eu: nossa. - fiz careta. - se fosse pelo menos uma presença boa.

Freitas: escutei isso aí. - apareceu e eu coloquei a mão na boca, segurando o riso.

Eu: não tô mentindo. - dei de ombros e o mesmo me deu dedo. - fala pro Vargas não viu.

Freitas: ele tá louco atrás de você. - passei a mão no rosto. - tá insuportável conviver com ele.

Eu: toda ação, tem uma reação. - Freitas concordou. - tranquilo que me envolvi sabendo dos riscos, mas ele sabe que eu sou mais do que ele merece. - Freitas me olhou com deboche.

Freitas: aí, tá bom querida. - imitou a voz de mulher.

Eric: que isso, achei muito travesti. - Freitas fingiu enforcar Eric. - Aí Ingrid, se você não quiser eu quero. - se abanou e eu caí na gargalhada.

[..]

A noite tava muito boa. Tinha tempos que eu não sabia o que era curtir daquele jeito.

Avisei pro pessoal que iria no banheiro e Ingrid veio junto. Ficamos um tempinho na fila e logo conseguimos entrar.

Didi: você tá bem? - olhei pra mesma, concordando. - e nosso pimpolho?

Eu: tá aqui. - sorri de lado. - tá calmo, hoje não passei tanto mal.

Ingrid concordou. Parecia pensativa.

Eu: fala logo. - fiz careta.

Didi: ah amiga, não sei. - riu, dando de ombros. - é estranho, sabe? Você solteira, grávida. - suspirou.

Eu: não precisa se preocupar. - ergui uma sobrancelha.

Didi: você não tem medo dele ou ela crescer sem pai? - encarei a mesma, tentando entender qual seria o rumo da conversa.

Eu: medo eu tenho é dele me matar. - a mesma concordou. - não tô entendendo, agora você tá do lado dele?

Didi: não né, Ágata. - cruzou os braços. - eu só não sei o que você tá passando. Só fiz uma pergunta. - concordei, desviando o olhar da mesma. - fica tranquila, nunca estive ao lado dele, não é agora.

Eu: sei. - dei de ombros e fui lavar minha mão.

Sequei a mesma e fui saindo do banheiro com Ingrid.

Quando fui subir a escada que dava acesso ao bar, senti uma mão segurando meu ombro.

Senti meu corpo travando na hora, enquanto eu olhava pra frente.

Xxx: caraca, difícil demais de encontrar em. Finalmente Deus me deu a sorte grande de te ver. - respirei fundo, virando pra ver quem era.

Assim que tive acesso ao rosto da pessoa, já revirei logo os olhos.

Eu: joguei pedra na cruz mesmo. - reclamei e Ingrid apareceu.

Didi: ih, não é o pé no.. - tampei a boca dela, fazendo cara de repreensão. - ah, oi. - acenou.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora