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Ágata.

Acordei com alguém quase quebrando o portão. Olhei pro lado e Vargas não tava. Aonde se meteu? Também não sei.

Olhei o relógio no criado mudo e marcava 11:32

Fiz careta e me levantei.

Fui até a sacada e vi Ingrid com uma mochila.

Eu: ih, que foi? - falei coçando o olho.

Didi: vai me dizer que tava dormindo? - riu. - abre aí, amiga. Tá quente.

Desci e fui abrir o portão pra mesma, que tava sumida tinha uns 4 dias.

Ingrid adentrou igual um furacão. Olhando toda hora pra trás.

Eu; tá fugindo? - encarei ela, me respirou fundo.

Didi: preciso conversar com você, seríssimo. - ergui a sobrancelha. - não é problema pra você, é pra mim mesma. - riu nervosa.

Eu: eu nem tô raciocinando ainda. - suspirei, passando a mão na barriga.

A mesma nem falou nada, só me puxou pra cozinha.

Da mochila tirou pães, presunto, queijo e uma garrafa de laranja.

Eu: isso tudo é só pra eu te ouvir? - falei divertida.

Didi: tem que alimentar o neném da dinda. - passou a mão na minha barriga. - agora senta pra eu começar.

Ela parecia desesperada, e eu nem tava entendendo o porquê.

Cortei o pão, passei requeijão, coloquei o presunto e queijo, e comecei a comer.

Didi: eu tô literalmente no cu do piru. - reclamou. - Freitas sumiu, sem nem me dar uma satisfação. - já fechei a cara. - calma, não é com ele a situação. Quer dizer, ele também tá envolvido, mas as coisas ficam mais complicadas sabe porque? - olhei pra mesma, esperando. - eu fiquei com o Tody. - ela sussurrou e eu arregalei os olhos, segurando uma risada.

Eu: e porque é tão ruim assim? - fiz careta. - faz tempo que ele tava querendo, e se você ficou, é porque quis também. - falei óbvia.

Didi: você não tá entendendo. - a mesma passou a mão no rosto, desesperada. - amiga, eu gamei na piroca do bofe. Você tem noção na merda que eu fiz? - neguei rindo. - Ágata, me ajuda... Eu tô a 4 dias me escondendo desse bofe.

Eu: calma, mas porquê? - olhei pra ela sem entender. - você já deu chance pra pessoas piores.

Didi: não é hora de jogar na cara. - resmungou. - quando a gente terminou de transar, o radin dele começou a tocar e era uma mulher. - a mesma foi até a pia, e jogou água no rosto. - achei que ele iria pelo menos tentar se explicar, mas eu só falei pra ele atender e ir embora.. ele nem foi atrás de mim. - fez careta e riu negando.

Eu: e agora você tá nesse desespero porque realmente viu que levou um chá? - ela me olhou irônica. - logo daquele saruê. - ri descontroladamente.

Didi: AMIGAAA. - gritou nervosa. - o que eu faço, meu Deus do céu? - sussurrou pensativa.

Eu: vai atrás. - dei de ombros, e ela me olhou séria. - o que foi? Tô falando sério.

Didi: mana, eu tava de rolo com o Freitas também. - bufou.

Eu: só você mesmo, porque esse cara de égua tava com você e mais 20. - a mesma fez bico.

Didi: eu sei, Tody jogou na cara também. - reclamou.

Ingrid ficou se lamentando por horas, falando da transa deles, e eu só comendo.

Terminei de lanchar, limpei tudo e fomos pro quarto.

Didi: cadê o ridículo? - se olhou no espelho.

Eu: nem sei. - olhei meu celular. - não mandou mensagem e quando eu acordei, já não tinha mais ninguém aqui.

Didi: oxe. - me olhou e resmungou algo que não entendi.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora