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Ágata.

Logo os fogos começaram a estourar. Ergui a sobrancelha encarando Eric e Ingrid.

Eu: invasão? - Eric fez cara de quem não sabia.

Logo o celular da Ingrid começou a tocar, a mesma olhou o visor e mostrou pra gente. Freitas.

Ela atendeu e colocou no viva voz.

Eu: fala, bofe. - ele pigarreou.

Freitas: patrão quer trocar uma ideia com Ágata. - eu neguei na hora e Ingrid mexeu com a boca perguntando o que era pra falar. Ri fraco.

Eu: fala pra esse patrão pilantra ir catar coquinho pro satanás. - coloquei a mão na boca, abafando a risada.

Eric: ele tem vergonha não? - falou bravo. - tava com muié no shopping e agora tá nessa ladainha.

Freitas: aí Ingrid, ela tá ouvindo né? - falou impaciente. - fala pra ela vim logo, ele disse que vai atrás dela.

Ágata: não quero conversa com ele. - falei pegando o celular. - se eu tô escutando, ele também tá. - a ligação ficou muda. - não quero saber dele, não quero escutar historinha triste. E se for possível, não quero ter nenhum contato com ele. Isso que ele fez, não se faz nem com um cachorro.

Nem deixei ele responder e desliguei o celular.

Os dois a minha frente ficaram me olhando, dei de ombros e Eric logo mudou de assunto.

Eram tantas coisas que passava na mente.

Eu nunca vou perdoar esse macho escroto.

Meu celular começou a tocar. Ergui a sobrancelha, vendo o nome de Hugo no visor.

O que esse bofe quer?

Neguei, e atendi.

Eu: fala você. - Eric olhou com malícia, e eu neguei.

Hugo: tu é maldosa mermo pô. - resmungou. - vive sumindo de mim, da não pô.

Eu: e você não desiste né, poxa. - ele riu.

Hugo: quero te ver pô. - fiz careta. - como faz?

Eu: sem segundas intenções. - ele gargalhou.

Hugo: nunca sai com você assim, oxe. - se defendeu. - posso te buscar.

Eu: tão tá, 20h tô no pé do morro.

Nos despedimos e Eric já começou com o ouriçamento.

Eric: porque eu acho que isso vai dá merda? - falou pensativo.

Didi: eu não acho, eu tenho certeza. - riu.

Eu: eu sou dona de mim. - fiz careta. - esse macho aí, só danificou meus sentimentos.

Eric: ele não vai deixar você saindo com esses bofes. - falou óbvio.

Eu: você acha que eu ligo pra ele, Eric? - o mesmo sacudiu os ombros. - você viu o que eu passei nesses 4 meses.

Eric: não tá aqui quem falou. - levantou as mãos em sinal de rendição.

Didi: aí, só toma cuidado. - falou suspirando. - você sabe que Vargas é biruta da cabeça, pra ele fazer uma loucura, eu não duvido nada.

Eu: ele que me venha de lero pra ver só. - bufei.

Olhei no celular e marcava 18:30

Já tinha até me arrependido de ter aceitado esse convite.

Tomei um banho, sai enrolada na toalha. Passei a prancha por cima, só pra abaixar o cabelo e fiz uma make levinha.

Passei desodorante, creme hidratante.

Procurei uma roupa e vesti a mesma, calcei um saltinho, passei perfume e coloquei umas correntinhas de ouro.

Olhei no celular e já marcava 20:10, visssssh

Meu celular não parava de tocar. Olhei por cima "Vargas", me deixa cão.

Recusei a chamada e bloqueei o número dele.

Ingrid me levou até o pé do morro, assim que chegamos, vi Hugo encostado no carro conversando com os moleque da contenção.

Xxx: ih Caraí, visssssh. - riu, negando.

Eu: tu num viu nada. - fiz careta.

Xxx: pô patroa, se patrão perguntar posso mentir não. - disse passando a mão no rosto.

Xx2: tu lá é x9 ? - riu. - pode deixar gatona, vamo falar nada não.

Neguei rindo, cumprimentei Hugo e adentramos no carro.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora