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Vargas.

Tava suave depois de resolver todo b.o daquela favela.

Acendi meu baseado e coloquei meu uísque com água de côco.

Peguei meu celular e fui da uma olhada no meu Instagram. Coisa de baitola, mais eu ficava só palmeando Ágata mermo.

Assim que abri o feed, apareceu foto da Ingrid com ela.

Ué?

Logo Freitas chegou e eu encarei ele.

Eu: onde tá Ingrid, pô ? - ele me olhou, dando de ombros

Freitas: aquela demônia saiu. - falou bravo. - com minha BMW.

Eu: - gargalhei. - a bebezinha? - ele concordou. - ihhh. Ela foi com quem?

Freitas: nem vou te responder, porque tu tá querendo colher maduro. - ergui a sobrancelha.

Eu: já me respondeu. - ri fraco.

Meus pensamentos estavam alvoroçados.

Muita coisa nada a ver tomando de conta.

Mais eu tentava não pensar muito nesse b.o

Freitas: malandro mermo. - negou.

Eu: nasci e cresci nesse mundo, pivete. - ele riu.

Freitas: tá de boa mermo? - concordei. - então vou tomar uma dose contigo, meu chapa.

Assenti com a cabeça e ele fez seu copo.

Liguei o som que tinha ali e ficamos curtindo na tranquilidade. Tava precisando mermo, a mente atribulada demais, faz a gente fazer besteira.

[..]

Freitas: Ingrid já tá vindo. - encarei ele, já no brilho. Mó saudade da minha nega.

Eu: liga pá ela ai pô, pede pra trazer dona encrenca. - falei sentindo uma pontada na cabeça.

Freitas: será que ela vai querer vim, malandro? - ri fraco.

Eu: também num sei. - joguei a cabeça pra trás.

Freitas: custa nada tentar. - riu.

O mesmo discou o número da Ingrid, no segundo toque atendeu.

Ágata: diz aí fei, ela tá dirigindo. - Freitas colocou a mão no peito, e eu mandei dedo.

Freitas: é contigo mermo que tô querendo trocar um papo. - falou sério, e eu segurei o riso. - preciso que tu cola aqui na boca pô.

Ágata: Tá repreendido. - riu fraco.

Freitas: ideia pô. - ela bufou.

Ágata: é esse pilantra né? - arregalei os olhos. - Fala logo Freitas, é ele que falou pra tu ligar.

Freitas: aí credo. - me entregou o celular e eu negando.

Ágata: fala pra esse marginal, que se eu for aí, vou partir a cabeça dele no meio. - falou seria.

Eu: tu vai fazer isso com o amor da tua vida? - falei gastando e a ligação ficou muda. Freitas riu.

Ágata: tu tá bebendo, Vargas? - sua voz soou tranquila.

Eu: só um pouco. - a mesma suspirou.

Ágata: vou desligar, tchau. - ligação encerrada.

Olhei pro Freitas com cara de paisagem.

Pilantra nem esperou eu responder.

Freitas: perdeu, playboy. - riu, me entregando uma garrafa de uísque.

Peguei a mesma, e virei no gargalo mermo. Tava nem aí pra nada.

Freitas me acompanhou na loucura.

Só assim pra curar um coração ferido. Ou machucar mais ainda. Tanto faz.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora