Ágata.
Eu: não sei porque você bebe desse tanto. - reclamei, tentando puxar Vargas pela camisa.
Tava um caos que só.
Um homão desse tamanho, tava parecendo a formiguinha querendo roubar um pouco de açúcar e não conseguindo.
Vargas: você só reclama. - falou arrastado. Parei e encarei ele. - que foi, pô?
Eu: que foi, Renan? Você me tirou de ir pra minha casa. - falei chorosa. - pra eu ter que te trazer pra casa.
Vargas: tu é minha mulher. - falou despreocupado.
Eu: não sou mais. - respondi na lata e ele riu.
Não falei nenhuma piada.
Vargas: ri não, bobinha. Tô te dando o papo mermo. - deu um tapinha fraco no meu ombro.
Fiquei calada e neguei.
Tody: quer ajuda aê, patroinha? - gritou da esquina e eu mandei um jóia.
O cabra chegou na velocidade da luz.
Tody: pra essas farra boa, ninguém me chama, pô - reclamou e Vargas encarou ele, rindo.
Nem se fumasse tanta maconha, não estaria assim.
[..]
Vargas: TÁ MALUCA PORRA? - gritou assim que a água gelada caiu na sua cabeça. - Puta merda, joguei foi pedra na cruz.
Eu ri fraco, negando e indo pegar a toalha.
Vargas: tranquilo pô, já descontou teu ódio? - me olhou com os olhos vermelhos, e eu só levantei a sobrancelha.
Eu: o mundo iria acabar, mas meu ódio não passaria. - sorri de lado e ele me olhou, fingindo chateação.
Vargas: ta vendo aí como você é? Só pisa em mim pô, só maltrata o coração do vei. - revirei os olhos.
O diabo era sujo mesmo.
Eu perto daquele traste, eu não pensava direito.
Ficava no mundo da lua. Esquecia de tudo. Como pode isso?
Eu: pronto, já tá em casa... Vou ir embora. - peguei meu celular e fui saindo do quarto.
Sabe, na minha mente, estava ir embora... Mas o coração, ah, ele põe a gente em cada uma.
Vargas: não, Ágata. - segurou meu ombro. Respirei fundo.
Eu ia cair no papinho de novo, tô até sentindo.
Eu: Renan, por favor... - ele me puxou, fazendo virar de frente a ele.
Nossos olhos se encontraram, e parecia até coisa de outro mundo.
Meu corpo começou a formigar. Meu coração bater forte. Meu pensamento todo foram jogados no lixo.
O mesmo veio se aproximando seu corpo do meu... Arregalei os olhos e tentei me afastar, mas quem disse que meu corpo obedecia?
Droga.
Uma mão segurando minha cintura, a outra, minha nuca.
Meus olhos percorreram todo o seu peitoral, e nada mudou. Continuava gostoso.
Um pecado danado.
Respirei fundo quando senti seu lábio tocando o meu.
Parecia que fogos de artifícios tinham entrado em total colapso.
Sua língua pedindo permissão para iniciar um beijo foi a chave final.
Não liguei mais pra nada.
Hipocrisia demais.
O beijo foi cheio de fogo, desejo, ambição, e umas pitadas a mais. Tinha saudade, sentimentos.
Qual seria o sentimento? Ódio, raiva, rancor? Ou melhor, seria amor?
Fica aí a dúvida.

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𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.
أدب الهواةNós dois não tem medo de nada Pique boladão, que se foda o mundão, hoje é eu e você Nóis foi do hotel baratinho pra 100K no mês Nóis já foi amante louco, quantas vezes nós virou ex Bota a chave pra girar que se pá chegou nossa vez Tipo Santos na Bel...