Ágata.
Peguei o celular e encarei o mesmo na minha mão.
Um misto de sensações.
Respirei fundo e atendi.
De começo, a ligação ficou muda, havia apenas nossas respirações pesadas.
Vargas: você tá bem? - sua voz ecoou pela ligação.
Eu: tô levando. - suspirei. - e você?
Vargas: tô do jeito que o diabo gosta. - falou sério e eu neguei. - tu tá bem mermo?
Eu: não tô, Renan. - falei sentindo meu coração despedaçado. - mas vou ficar.
Vargas: pô princesa... - respirou fundo. - posso te ver?
Eu: melhor não. - respondi rápido. - tá tudo muito recente. Tô muito abalada.
Vargas: você sabe que tamo junto nessa né? - bufei. - você não precisa guardar as coisas pra si. Faz mal, Ágata.
Eu: olha, fico agradecida por você se preocupar comigo. - me calei. - mas nada disso teria acontecido se não tivéssemos sido imaturos.
Vargas: agora vai dizer que sou culpado? - falou indignado.
Eu: não só você, como eu também sou culpada. - respondi ríspida. - acho que no momento, não temos mais nada pra conversar. Obrigada pela preocupação. Se cuida.
Nem esperei ele responder e já desliguei, pra não da estia.
Esses dias não tem sido fáceis. Eu criei uma armadura tão grande, que nem sei se vou ser capaz de demonstrar algum tipo de sentimento.
[..]
Encarei o teto.
A vida segue né? Não tá sendo fácil. Mas não vai mudar nada se eu ficar deitada aqui, mofando e evitando todo mundo.
Respirei fundo e me levantei, pegando meu celular e vendo as horas.
Ergui a sobrancelha e fui pro banheiro, tirei minha roupa e fui tomar um banho.
Fiz minhas higienes, lavei cabelo e tudo que tinha direito.
Sai enrolada na toalha, me enxuguei e fui atrás de calcinha e roupa.
Demorou um tempo, mas encontrei e vesti a mesma.
Calcei uma havaiana, e penteei o cabelo.
Fiz uma maquiagem levinha, só pra tirar a cara de morta, passei perfume e coloquei uma correntinha de ouro e um relógio.
Me olhei no espelho, e realmente, nem parecia a querida que estava quase morta.
Peguei meu celular e meu cartão, e desci.
Ingrid conversava com Eric, e assim que me viram, comemoraram.
Didi: aí, que saudades. - me abraçou. - tá se sentindo melhor?
Eu: não vamos falar disso. - cortei a mesma. - preciso sair um pouquinho, espairecer a mente.
Eric: é pra já. - secou as mãos e saiu da cozinha.
Ele demorou um pouco mas voltou ajeitado.
Sorri de lado.
Didi: eu tô com o carro do Freitas. - bateu palmas e eu arregalei os olhos.
Eu: que? Anão. - ela me encarou. - não tô afim de morrer. Como Freitas teve coragem de te emprestar?
Didi: ele me ama. - riu.
Eric: até esses dias, era cão e gato. - falou pensativo. - cadê meu love, senhor?
Eu: estamos sem love. - Eric me olhou debochado.
Eric: fica na sua, você tem dois. Só estalar os dedos que estão aí beijando os teus pés feios. - eu ri negando.
Era bom, sabe? Ter amigos para pelo menos te afastar dos pensamentos que querem te destruir.
Eric pegou as chaves de casa e Ingrid pegou sua bolsinha.
Trancamos tudo e descemos.
Eu: meu Deus. - olhei desacreditada. - foi um chá de buceta mesmo. - o carro era uma BMW X7.
Didi: não tô te entendendo. - falou fingindo chateação. - assim você me ofende, eu sou prima primeira do Toretto, rapariga. - eu gargalhei.

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𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.
FanfictionNós dois não tem medo de nada Pique boladão, que se foda o mundão, hoje é eu e você Nóis foi do hotel baratinho pra 100K no mês Nóis já foi amante louco, quantas vezes nós virou ex Bota a chave pra girar que se pá chegou nossa vez Tipo Santos na Bel...