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Ingrid.

Eu não achava nada certo o que Vargas tava fazendo com a Ágata. Contei pra ela tudo que eu sabia, mas ela continuou com ele. Ou ama muito, ou ele ameaça ela. De duas, uma.

Não me intrometo mais. Quase perco minha cabeça.

Me dava um ódio enorme, até porque, é minha amiga. Enquanto ela tava dentro de casa, ele tava esbanjando dinheiro, mulher pelo morro.

Qual foi, minha gente? Aí não né.

Freitas: e aí, cabeça de vento. - se aproximou rindo, me dando um selinho.

Eu: chegou cedo. - ergui uma sobrancelha.

Freitas: tu queria que eu chegasse tarde é? - revirei os olhos. - vim ficar contigo pô.

Eu: e Vargas? - ele me encarou, negando.

Freitas: deixa o mano pô. - cruzei os braços. - tu é fofoqueira, Ingrid. Deixa o papo pra lá, é nosso não.

Eu: é minha amiga, Freitas. - falei óbvia. - ele é tão cuzao, que engravidou a menina e tá nessa putaria.

Freitas concordou, ficando calado.

Era amigo dele, mais ele sabia que eu não tava errada.

Passar pano pro errado, só faz a gente ser mais errado ainda.

Freitas se aproximou, me beijando cheio de vontade.

O clima tava propício para uma putaria gostosa.

Sorri entre o beijo, e o mesmo me pegou no colo, me levando pro quarto.

O mesmo me colocou na cama com jeitinho, já tirando meu top e meu short de malha fina.

Ele me olhou com desejo, passando a língua no lábios.

Nessa altura do campeonato, eu já tava molhada. O homem na cama, dava aulas.

Por isso nunca abri mão desse gostoso.

[..]

Freitas: tu acaba comigo pô, tem cabimento não. - resmungou, alisando meus cabelos.

Eu: vou nem falar quem acaba com quem. - ele me olhou, rindo.

Estávamos pelados, curtindo o momento. Meu cabelo parecendo um fuá.

Logo ouço batidas na porta. Batidas fortes.

Eu: se quebrar, já põe pra pagar. - resmunguei, enquanto Freitas colocava o samba canção.

Freitas: quer ver só como é problema? - respirou fundo, acendendo o baseado.

Eu: não sendo pro nosso lado, tá maneiro. - dei de ombros.

As batidas estavam estridentes. E a qualquer momento, ia derrubar a porta.

Eu: que absurdo. - falei baixo.

Freitas já tinha ido ver o que era.

Me levantei, fui tomar um banho ligeiro, com direito a lavar o cabelo e tudo.

Sai enrolada no roupão, me sequei e coloquei uma cueca do Freitas.

Desci pra ver se tinha ido embora o indivíduo e quando cheguei no final da escada, senti alguém me segurando pela garganta.

Fiz careta quando vi quem era.

Eu: tá maluco, porra? - falei com dificuldade.

Vargas: qual foi o caô que tu inventou agora? - falou transtornado.

Eu: caô de que, Vargas? Tá doido... - ele apertou mais. - eu.nao.sei.de.nada.

Não deu tempo de pensar, só vi Freitas empurrando o mesmo, e eu caindo no chão igual uma batata.

Freitas: nela tu num toca não. - apontou pro amigo. - tá chapando é.

Eu: fica na tua, mané. - Freitas ergueu a sobrancelha. - essa cadela aí, tá inventando altas picuinha pra minha mulher. - encarei ele.

Não deu nem tempo, só vi Freitas dando um murro na boca dele.

Dei um grito e fui até a área externa da casa, chamando os meninos pra separar.

Sabiá: que porra é essa, meu povo? - chegou na sala.

Toddy: vai sobrar pra nós. - resmungou.

Freitas: tu aprende a tratar mulher direito, irmão. - disse tentando ficar tranquilo.

Vargas: o que um buceta não faz né, Freitas. - debochou.

Freitas: diferente de você, eu honro a mulher que eu tenho dentro da minha casa. - bateu no próprio peito. - e eu acho é pouco que a Ágata tenha te largado mermo. Tá parecendo um moleque emocionado. - apontou pro Vargas, que queria ir pra cima de novo. - sai da minha casa pô, a gente tem nada pra conversar mais não.

Vargas: pode crê pô, pode crê. - falou sério. O mesmo saiu dali pisando fundo.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora