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Ágata.

Beijei, beijei mesmo pra ver se saia um pouquinho do meu pé.

Não vou negar que ele tem uma pegada do caramba, mas gente, um homão daquele não ter pegada, seria até um desperdício.

Eric: e aí, mona. Me fala. - me cutucou, enquanto eu pegava minha bebida na bar.

Eu tava numa imensa vergonha, depois que beijei Vargas, então arrastei a bicha junto comigo pra pista.

Eu: beija bem, bem até demais. - resmunguei.

Eric: eita glória. - bateu palmas e eu ri.

Eu: só pra ver se ele saia um pouco do meu pé. - suspirei.

Eric: não amiga, parece que esse bofe pretende largar não viu. - riu, apontando com a cabeça onde ele tava.

Disfarcei e olhei, o mesmo me observava. Seus olhos estavam vidrados aonde eu tava.

Um calor subiu, e me abanei, respirando fundo.

Eric: pelo jeito é recíproco. - riu alto e eu neguei.

Eu: isso tá me cheirando a problema. - sacudi a cabeça.

Assim que peguei minha bebida, paguei o cara e fomos em direção ao camarote.

Didi: amigossss. - falou deixando seu sotaque exposto.

Eu: caraca em, quem é vivo sempre aparece. - abracei a mesma que riu.

Didi: tava resolvendo umas pendências, mana. E aí viada. - deu um beijo no rosto de Eric.

Eric: tô sabendo essas pendências. - olhou de relance.

Didi: aí mona, para. - fez careta. - Freitas foi me buscar. - deu de ombros e eu olhei pra mesma.

Eu: tá ficando com ele? - franzi o cenho e ela me olhou.

Didi: nada sério, amiga. - riu. - só que ele é o ficante Premium. - neguei rindo.

Eric: se chegasse um pouco mais cedo, tinha pego a Boss dando umas bitoca também. - brincou e eu neguei. Didi me olhou curiosa.

Didi: você? Beijando em festas? - me olhou desconfiada.

Eric: se fosse uma boca qualquer, até eu esculachava ela. - tampou a boca.

Eu: bofe, tu é linguaruda viu. - fiz careta.

Didi: agora pode contar tudo. - falou eufórica.

Eu: foi o Vargas, Ingrid. - falei, bebericando o líquido do copo.

Didi: não acredito. - arregalou os olhos. - você veio com ele? - apontou pra mim, e eu concordei. - CARACA.

Eu: shiiii. - tampei a boca dela, que riu.

[..]

Estávamos no camarote.

Eu já tava num brilho lindo.

Mais pra lá do que pra cá.

Eu: meus pés estão me matando. - resmunguei.

Vargas: falando sozinha? - se aproximou e eu dei um sorriso de canto.

Eu: as vezes. - neguei. - meu pé tá doendo. - fiz bico.

Vargas: senta um pouco pô, vem cá. - me puxou até a cadeira que era reservada pra ele.

Encarei ele, o mesmo sorriu e deu espaço pra eu sentar.

Vargas: quer alguma coisa? - neguei, suspirando.

Senti minha cabeça girar. Era agora que o grau ia bater com tudo.

Ele saiu e voltou com uma garrafinha de água, me entregou e eu bebi.

Eu: não sabia que você era assim. - ri e ele me olhou desentendido. - do jeito que se importa.

Vargas: pô, tem muita coisa que cê num sabe. - sorriu sem mostrar os dentes. - mas o resto cê vai sabendo com o tempo. - olhei pro mesmo, que deu de ombros. - quando quiser ir embora, me fala. - concordei.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora