Vargas.
Cheguei naquele bagulho igual furacão. Tava no corre doido e recebo uma ligação com mais doida ainda. Tô pirado, irmão.
Eu: e aí? Alguma notícia? - me aproximei de Ingrid, que me encarou. - qual foi pô, da uma notícia ae.
Didi: tu tava aonde? - ergui a sobrancelha.
Eu: Muié minha tá lá dentro. - apontei pro lado da sala de parto.
Didi: foda-se, meu parceiro. - falou séria. - você sabe muito bem que a gravidez é de risco, e nessa reta final tu só quer ficar na rua. - apontou pra mim. - ela tá desse jeito porque acordou e você não tava lá.
Eu: pera aí, filhona. - cruzei os braços. - eu mandei os cuzao avisar que eu tava indo no corre. Tu acha que a vida é mamão é? Sempre que posso, tô ficando com ela. - a mesma riu, negando.
Didi: quem vê, pensa. - sussurrou.
Eu: tá insinuando o que, filha da puta? - a mesma me olhou debochada e Tody me segurou. - tu controla essa língua na boca, quem fala demais, acaba sem.
Didi: tenho medo de você não, seu vacilão. - apontou pra mim. - tá se doendo porque? Tá no erro é?
Encarei ela, negando.
Eu que não ia perder meu juízo por causa dessa maluca.
Tô na pureza, irmão. O capeta quer ver nois caído, mas nosso Deus é maior.
[..]
Passou a tarde inteira e nenhum tipo de informação. Eu tava quase pipocando a cara daquela rapariga que faltava me enforcar.
Dr: parentes ou acompanhantes da Ágata? - me levantei, enquanto a baleia ia pro lado do médico. Neguei. - o parto foi um sucesso, a criança está na encubadora. - respirei aliviado.
Eu: e a paciente? - falei sério, encarando o velhote na minha frente.
Didi: deixa o médico falar. - fechei a cara.
Dr: a paciente se encontra na UTI. Deu duas paradas cardíacas, conseguimos fazer com que ela voltasse na primeira, mas a segunda foi mais severa. - fechei os olhos. - ela está em coma induzido. Logo estará restaurada.
Didi: QUÊ? - falou assustada. - como assim? não, não é possível.
Dr: no mais, logo as visitas para a criança será liberada. - o médico falou cortando o assunto. - estamos fazendo de tudo para que Ágata reaja.
Fiquei atordoado com a informação. Tava nem pensando direito. Tendi foi nada daquilo.
Encarei o mano do meu lado, apontei com a cabeça e ele foi até a mina que tava surtando.
Um tiro no peito, seria menos dolorido do que aquilo tudo.
Passei a mão no rosto, tentando assimilar a informação. Tava punk.
Caminhei até a parte externa do hospital, e catei um cigarro, acendendo o mesmo.
Tudo passava em câmera lenta no meu cérebro. Parecia coisa de louco.
Eu não tava ligando pra nada, nada mermo. Eu só queria ela acordada. Curtindo a vibe de ter nossa filha aqui com a gente.
Fumei o cigarro em questão de segundos, caralho irmão.
Passei a mão no rosto, negando.
Logo vejo Renata, respirei fundo e abaixei a cabeça.
Renata: como você tá? - ergui a sobrancelha.
Eu: pareço bem? - dei uma risada fraca.
Renata: sem tempo pra respostinhas. - revirou os olhos.
Eu: como tu ficou sabendo? - encarei ela.
Renata: seus capanga. - bufei. - falou que você tava bem não. - riu negando.
Eu: ela tá em coma. - falei de cabeça baixa. - duas parada cardíaca pô, quase que não voltava. - fechei os olhos, sentindo a garganta travar.
Renata: ela é forte. - pegou no meu ombro. - Jajá ela está aqui conosco.
Eu: e se ela não voltar? - Renata me olhou feio, negando. Suspirei.
Renata: aí cara, deixa o pessimismo de lado. - resmungou.
Fiquei calado, tava sem mente pra esses bagulho todo.
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𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.
FanfictionNós dois não tem medo de nada Pique boladão, que se foda o mundão, hoje é eu e você Nóis foi do hotel baratinho pra 100K no mês Nóis já foi amante louco, quantas vezes nós virou ex Bota a chave pra girar que se pá chegou nossa vez Tipo Santos na Bel...