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Ágata.

A minha vida, é a vida que a maioria do pessoal gostaria de ter.

Tenho tudo o que quero, mas também é muita encheção de saco.

Não reclamo muito, porque eu estou passando por isso, é porque não crio vergonha pra sair fora daqui.

Fala sério, gente. Quem gosta de trabalhar?

Eu queria mesmo era ser troféu de um cara rico, pra nunca ter que trabalhar hahahahah brincadeiras a partes.

Do jeito que o país está, com um salário mínimo... Quem consegue se bancar?

Pagar água, luz, aluguel, comida? Nem nos sonhos mais distantes, ninguém consegue sobreviver com um salário abaixo da média.

Então prefiro aguentar algumas encheção de saco e ter um lar e comida, do que debater e ter que morar de baixo da ponte.

Pedro: e aí, filhota. - apareceu com roupa de malhar.

Eu: oi pai, bom dia. - sorri.

Pedro: Ana tá vindo ai, disse que vai fazer tuas unhas e cabelo. - concordei.

Eu: tá pai, já vai treinar? - ele concordou. - se eu não tivesse de ressaca, ia junto.

Pedro: tu vive assim, Ágata. Vou acabar te internando. - eu ri.

Eu: quem vê pensa que nunca curtiu a adolescência. - meu pai me olha.

Pedro: uma velha achando que é adolescente. - negou. - vou indo nessa. Se cuida.

Mandei beijos e ele saiu dali.

[..]

Didi: cheguei, porra. - apareceu eufórica. - Oi amiga, oi Ana. - cumprimentou nós.

Eu: Oi, cadê Eric? - falei confusa.

Didi: uai, aquela bicha não chegou até agora? - neguei. - Vagabunda mesmo.

A mesma pegou o celular e discou o número da mona, que atendeu depois de alguns toques.

Eric: o que é? - perguntou gritando.

Didi: eu já estou aqui, safada. Vadia veia. - falou braba.

Eric: amiga, eu tô num desenrolo. Jajá eu chego aí. - eu ri negando.

Didi: tu já deve tá perdendo as prega, sem mentira. - a bicha deu uma gargalhada alta. - vem logo, se não a gente vai sem você.

Eric: vocês não são nem loucas. - falou sério. - até já.

Didi desligou o celular e veio até mim, mostrando umas roupas.

Eu: tô nem afim de sair hoje. - reclamei.

Ana: tão jovem e cansada. - riu fraco.

Eu: hoje meu pai me chamou de velha. - eu ri. - girou a chavinha do meu senso.

Didi: tá maluca? Hoje é festinha no alemão. - fiz careta.

Eric: CHEGUEI QUERIDAS. - disse jogando o cabelo imaginário.

Didi: vai Eric, ela não tá querendo mais ir. - fez careta e eu bufei.

Eric: a não. - cruzou os braços. - porque em?

Eu: tô cansada, gente. - respirei fundo.

Eric: teu mal é sono em, vai dormir que 22h a gente começa a se arrumar. - Ana riu e eu neguei. - vai sim, não me estressa. - falou quase gritando. Eu ri.

Ana terminou meu cabelo e minhas unhas, paguei a mesma e ela foi embora.

Subi pro quarto com minhas cascas de bala, e me joguei na cama.

Didi: gente, se vocês ver o dono do alemão, Ceis ficam doidos. Sério, meu Deus do céu. - disse se abanando. - o braço dele também, puta que pariuu.

Eric: cadê mana? - disse curioso. - deixa eu vê isso que atiçou o fogo da bicha.

Eu: se envolver com bandido é cilada, bino. - neguei rindo.

Didi: ah para. - entregou o celular pra bicha, que arregalou os olhos. - eu sou doida pra experimentar, passar por umas emoções.

Eric: SÉRIO ISSO? - disse olhando pro celular. - MEU DEUS GENTE, É POSSÍVEL NÃO. - me deu o celular.

Olhei as fotos e fiquei boquiaberta. Realmente era muito bonitos.

Neguei com a cabeça e entreguei pra Ingrid.

Didi: não vai falar nada? - riu.

Eu: sem comentários, Ingrid. - neguei pegando o meu celular e respondendo algumas mensagens.

Eric: carinha de quem faria loucuras com o primeiro. - riu descontroladamente.

Eu: não fala bobeira, Eric. - fiz careta, rindo fraco.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora