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Ágata.

Meu celular começou a tocar. Olhei no visor e vi o número da Ingrid.

Didi: cadê vocês? Acabei de chegar aqui com uma caixinha pô. - resmungou.

Eu: saiu mais cedo? - ela riu, concordando.

Didi: já né... Quero tomar uma pra relaxar, passei raiva demais. - reclamou. - e aí?

Eu: cola aqui no Neco, minha princesa. - ela resmungou algo.

Didi: caraca, ia perder a oportunidade. - riu. - tô chegando.

Encerrei a chamada e logo a cerveja chegou, com o dois copos.

Pedi mais um copo e logo trouxeram também.

Eric: aí que ódio eu tenho desse marginal. - disse incomodado. - não para de olhar pra cá.

Eu: para de mexer, Eric. - fiz careta e ri.

Eric: eu me sinto envergonhada. - fez bico.

Eu: ele deve tá achando que eu vou lá falar com ele, ou cair na dele, toda emocionada. - bufei.

Se ele ficasse um pouco mais no meu pé, não nego que ia ficar emocionada mesmo.

Sinto que toda saudade que eu guardava não passou só com uma noite de transa.

Eu precisava, e preciso de mais.

Ihhh, começou os pensamentos obscenos.

Neguei, afastando todo pensamento impuro e dei um gole na minha cerveja.

Trincando.

Doce igual mel.

Depois de uns minutos, Ingrid chegou, toda afoita.

Didi: vagabundo tava aqui o tempo todo. - encarou Freitas, que ainda não tinha visto ela. - aí que ódio desse pilantra.

Eu: hoje é dia de curtição, meus amores. Bora tomar uma. - puxei a mesma para sentar na cadeira.

Didi: ele não tá botando fé que vou sair fora. - respirou fundo. - enfim, você tá muito tranquila... Nem parece a garota endemoniada de ontem. - me olhou.

Eric: trepou na mandioca a noite toda, irmã... Tá entendendo não. - se intrometeu e eu tampei meu rosto, rindo. - sei nem como num tá assada.

Eu: tu nem perguntou. - Eric arregalou os olhos e me olhou. - fica falando abobrinha. - gargalhei.

[..]

Eu já tava mais lá do que cá.

Toda alegrinha. Vai vendo.

Vargas não tirava o olho um minuto sequer.

Encheção de saco, rapá.

Todo mundo que chegava em mim, ele mandava algum moleque da um chega pra lá.

Eric: acho melhor a senhora ir no seu bofe... Ele tá quase matando a gente com o olhar. - me cutucou e eu revirei os olhos.

Eu: tô afim não. - dei um gole na dose de tequila.

Didi: valha minha nossa. - fez o sinal da cruz. - a senhora tá procurando um pt é?

Eu: hoje é dia de lazer. - gargalhei.

Eric: misericórdia, ainda bem que esse alma penada apareceu das trevas. - encarei Eric. - ele vai cuidar.

Eu: vocês são amigos ou inimigos? - olhei pra eles chocada.

Eric: tudo bem, a gente cuida. - riu e eu neguei.

Eu: não gostei, levei pro coração.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora