132

7K 379 13
                                    

Ágata.

Era até algo estranho de se ouvir, entende?

Não é algo ruim, mas também existe várias coisas por trás de tudo isso.

Eu: não é o momento para conversar sobre isso. - interrompi ele. - nada de colocar os bois na frente da carroça.

Vargas: eu tô falando sério, Ágata. - neguei, segurando a mão dele.

Eu: não quero isso agora. - ele me olhou. - você sabe mais que eu, Renan. E eu sei que não é tão fácil quanto parece. Não quero pôr nossas vidas em risco.

Ele concordou e ficou calado, olhando pro nada.

Eu não podia simplesmente aceitar algo, na qual eu sei que quando caísse no ouvido dos inimigos a gente viraria alvo fácil.

Agora teríamos um filho. A conversa muda. Tudo muda.

Vargas: eu te amo. - sussurrou e eu sorri, abraçando o mesmo de lado.

Eu: eu também te amo, bofe. - o mesmo bufou.

Vargas: começou a palhaçada. - falou sério, negando.

Eu: tô brincando amor. - apertei a bochecha dele. - eu tô com fome. - falei manhosa.

Vargas: tô até vendo viu... o preju que vai me dá. - reclamou e eu ri.

Eu: já tá reclamando? - fechei a cara. - eu sabia que você tinha algum defeito...

Vargas: não começa, Ágata. - me distanciei. - qual foi pô, eu tava brincando. - neguei saindo dali.

Segurei o riso e o mesmo veio igual doido atrás de mim, me gritando.

[..]

Vargas: não pô, boto fé que tu fez esse drama todo não. - falou respirando fundo, limpando o suor.

Eu: tá fedendo. - reclamei.

Vargas: claro, Ágata. Tu praticamente saiu correndo daquela porra. - falou ignorante e eu encarei ele. - deixamo o carro lá. - falou tentando ficar calmo.

Eu: maltrata mesmo... depois dorme sozinho e fica dando coice no mundo. - ameacei ele.

Vargas: desculpa minha gata. - pegou na minha mão. E eu tentei puxar.

Eric: cheguei numa hora excelente. - bateu palmas e Vargas revirou os olhos.

Vargas: quando eu escuto sua voz, me dá vontade de meter a porrada logo. - falou sério e Eric arregalou os olhos.

Eric: esse bofe anda muito ignorante. - reclamou. - ignorante.

Eu: vocês dois não vão começar né? - chamei a atenção deles.

Vargas: vou lá em casa tomar banho. - falou me olhando. - faz o pedido ae, daqui a pouco tô de volta.

Eu: não demora. - falei manhosa.

O mesmo concordou e saiu com Toddy na cola dele.

Eric: Ingrid tá enrabichada com Freitas. - comentou e eu olhei pro mesmo. - nem falei nada né, quem sou eu pra julgar.

Eu: esses dois não tem jeito mesmo. - neguei pegando o celular.

Eric: vou pra Europa. - encarei ele. Que sorriu. - meu bofe me chamou, e eu não vou perder a oportunidade. Vai que eu viro uma purpurina do job. - gargalhei negando.

Eu: não acredito que você se auto chamou de purpurina. - dei um gole no meu refrigerante.

Eric: eu tô falando sério, amiga. - me olhou. - acho que esse bofe é certeiro. Tá falando até de casamento, mas eu num quero não. Agora não. - falou pensativo. - essa viagem é pra gente ver se realmente vai dá certo.

Eu: nossa, mas vocês são diferentes né? - ele me olhou. - geralmente o povo convive juntos no Brasil mesmo... Aí os dois lindos querem ir conviver juntos na Europa. - debochei e o mesmo me deu língua.

Eric: isso é inveja ne? Porque a senhora quis conviver com um meliante na favela. - eu ri. - e o pior nem é isso... é que o meliante é o próprio dono da favela. Gosta de umas aventuras perigosas.

Eu: tô sentindo a senhora querendo me xoxar. - ele me olhou chocado. - nem começa, se não nós vai cair na porrada. - ele riu, mandando beijo.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora