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Ágata.

Ele tava bastante nervoso, isso tava mais do que óbvio.

Parecia que a cada minuto, ele ficava mais descontrolado. Não me aguentei e soltei uma risada.

O mesmo se recompôs e me olhou sério.

Eu: só assim pra você ficar posturado. - ele fez careta. - o que você tem pra me falar? Tá muito nervoso.

Vargas: calma pô. - passou a mão no cavanhaque e me analisou.

Eu: então para com isso, tá me deixando nervosa também. - falei séria e o mesmo concordou.

Nossos pedidos chegaram e eu amassei legal, tava com muita fome.

Vargas mal tocava na comida, homem estranho.

Ergui a sobrancelha e ele fechou os olhos, respirando fundo.

O celular dele tocou, em seguida ele abriu os olhos, me encarando e olhando pro visor. Deu de ombros e desligou a chamada.

Vargas: vou demorar não pô, se não vou ter um ataque cardíaco. - olhei pro mesmo, que tirou uma caixinha veludo vermelha da calça. Ergui a sobrancelha, colocando a mão na boca. - Me sinto bem do teu lado, gosto de tu pra caralho, ta ligada? Quero viver contigo pô, ser o pai dos teus filhos. E aí, tu aceita trilhar essa vida louca comigo?

Por um momento, eu só queria fugir. Sim, eu queria fugir.

Não tinha nem reação para aquele babado todo.

Algumas pessoas que estavam próximas, estavam olhando, esperando uma resposta também. Vargas ergueu uma sobrancelha, extremamente nervoso.

Meu Deus.

Eu: Vargas... Eu... - arregalei os olhos, totalmente incapaz de falar algo. - meu Deus. - passei a mão no rosto, sentindo minha mão tremer.

Vargas: se tu não quiser, tá na paz pô. - falou com sua voz rouca.

Tava na cara que ele tava ficando puto.

Mas gente, eu fui pega totalmente despreparada. Nunca nem me passou na cabeça uma coisa dessa.

Ele largou as alianças em cima da mesa e chamou um garçom, pedindo a conta.

Eu: ei, calma. - ele me olhou com os olhos pretos, super sério. - você nem espera a resposta. - fiz careta.

Vargas: quase 10 minutos pô. - riu fraco, negando.

Eu: fui pega despreparada né, bofe. Você quer uma resposta na lata assim é? Avisasse antes. - falei séria. O mesmo me olhou e levantou as mãos.

Vargas: deixa isso quieto. - deu de ombros. - já tô ligado na tua.

Eu: aí, para. - fiz cara feia. - eu aceito. - falei baixo, mas na mesma hora, ele me olhou. - eu aceito, põe logo essa aliança. - falei eufórica.

Eu nem sabia se aquilo foi uma coisa certa a se fazer. Mas já que estamos na chuva, vamos se molhar logo né.

Se der certo, amém, se não der, aprendizado.

[..]

Vargas: você não ia aceitar né? - me olhou, desconfiado.

Eu: porque acha isso? - ergui uma sobrancelha.

Vargas: sua cara entregou tudo. - acendeu seu cigarro de maconha, e eu sorri fraco.

Eu: eu só... - fiquei pensativa. - só me assustei. - suspirei. - não achei que você me pediria em namoro.. ainda mais em um restaurante caríssimo.

Vargas: deveria ter ficado ligada, eu avisei que não ia te deixar solta na pista. - fez careta.

Eu: então agora quer dizer que estamos namorando? - sorri animada.

O mesmo concordou e eu dei um gritinho eufórico, ele me olhou negando e sorriu.

Bicho gostoso.

Fui até o mesmo e tirei uma foto, e postei no Instagram.

@_ágata

Pra sempre nós, meu querido❤️‍🔥...11mil curtidas e 321 comentários!!

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora