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Vargas.

Vi ela saindo muito bolada do quarto, indo pro banheiro. Segurei minha risada e neguei.

Demorou um tempo, logo escutei o barulho do chuveiro.

Respirei fundo e fui até a cozinha, pegando água e um remédio para dor de cabeça.

Quando virei pra voltar pro quarto, quase caio duro, vendo aquela praga do Egito parado, me olhando.

Eu: teve sorte que não tava armado. - fiz careta.

Eric: o que você quer com minha amiga? - cruzou os braços, sério.

Eu: ih irmão, nosso caso é entre nós dois. - ele negou, e continuou me olhando.

Eric: eu tô falando sério, Vargas. Não é porque você é gatão, gostoso e dono disso aqui, que você tem direito de querer sacanear ela. - neguei. Povo hoje tá tudo perturbado.

Eu: purpurina, fica na paz. Ela mesmo disse que não temos nada, e eu nunca quis sacanear ela. - fechei a cara. - vou indo.

Nem deixei ele responder e subi voado pro quarto.

Vi ela saindo do banheiro enrolada na toalha, e quando me viu, resmungou algo que não entendi.

Ágata: ainda tá aí. - falou desanimada.

Eu: tô na minha casa, gata. - sorri debochado e ela mandou língua.

Ágata: amanhã, quando eu sair daqui... Não me procure. - falou ameaçadora, eu ri fraco.

Eu: você tá bêbada, Ágata. Toma aqui. - dei o remédio e a água.

Ágata: estou bêbada, mas estou falando sério. - fechou a cara

Eu ri fraco, nem dando confiança. Bêbado é uma parada sinistra.

Ela me encarou, esperando que eu falasse algo, dei de ombros e arrumei a cama.

Achei que ia foder com ela no talentinho, e tô aqui, cuidando dessa bêbada cabaça.

Ri fraco com meu pensamento.

Eu: enfiou o palhaço lá naquele lugar? - resmungou e eu olhei ela.

Já estava vestida, com uma blusa minha.

Eu: para de brigar, e vem aqui. - puxei ela pela cintura, que relutou mas veio. - eu não fiquei com ninguém, Ágata. - cheirei seu pescoço, e ela suspirou.

Ágata: não tô nem aí, Vargas. - olhei pro rosto dela, e ela estava com os olhos fechados.

Eu: então a gente pode foder gostosinho? - sussurrei no ouvido dela, e ela negou.

Brincadeira viu.

Sorri de lado, concordando.

Eu: então vamo deitar pô, chega de briga. - ela me olhou confusa.

Nem falou nada, só deitou e eu deitei do lado dela.

Vai achando que eu vou ficar me humilhando por buceta. Só vai achando mermo.

Puxei ela pela cintura, fazendo nossos corpos ficar colados.

[..]

Ágata.

Acordei com uma puta dor de cabeça. Respirei fundo e abri os olhos devagar.

Olhei pro lado e ele tava ali, deitado e segurando minha cintura.

Tentei me lembrar da noite passada, e era poucos flashes que vinha na mente.

Vargas era perfeitamente bonito, disso eu tenho certeza que ele sabia. Mas o que ele tinha de bonito, tinha de cafajeste.

Neguei, tentando me levantar, mas ele apertou o abraço. Resmunguei, fazendo careta.

Olhei para aquele homem lindo e fiquei babando. Quantas não queria estar ali no meu lugar? E eu aqui dando vacilo, burra do caralho.

Vargas: vai ficar me encarando? - sussurrou com os olhos ainda fechados. Arregalei os olhos.

Eu: como você sabe que eu tava olhando? - falei baixo.

Vargas: acordei com isso. - sorriu de lado e abriu os olhos. - tá mais calma? - olhei confusa.

Eu: nem lembro de nada. - cocei a bochecha, rindo sem graça.

Ele me olhou e deu de ombros.

Vargas: vou te levar embora, tu falou que era pra eu não te procurar. - falou simples, e eu abri a boca, mas fechei, me mantendo calada.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora