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Ágata.

8 anos depois...

Eu: vamos logo, Lara. - chamei ela, pela centésima vez. - se eu subir aí, você vai levar só tralha.

Lara: eu tô indo, mãe. - reclamou.

Igor: mãe, a Lara disse que eu tenho cara de bolo fofo. - chegou cheio de marra. - essa catilanga fubenta. - fechou a cara.

Eu: aonde você tá aprendendo essas coisas? - falei apavorada.

Vargas: caraca rapá... - apareceu sério. - que demora da porra.

Eu: vem você não. - pedi, respirando fundo. - eu vou enlouquecer.

Igor: a senhora já é louca. - me olhou pensativo.

Eu: Igor, vai pro carro. - ameacei o mesmo, que riu fraco e saiu correndo. - LARA, VOCÊ VAI FICAR.

Lara: eu disse que já tava vindo. - fez careta, aparecendo na escada.

Vargas: fala direito com a tua mãe, garota. - falou sério, e Lara ficou calada. Fechei os olhos negando.

A mesma passou por mim e pelo pai, indo em direção ao carro.

Lara: aquele menino chato vai? - disse entrando no mesmo.

Eu: é teu primo. - ergui a sobrancelha.

Lara: é nada.. - negou brava.

Vargas: vocês me dêem paz pelo menos esse final de semana. - adentrou no carro. - se não vou pôr os dois pendurado na árvore pô, vai ter jeito não.

Lara revirou os olhos e ficou bicuda, até o final da viagem.

[..]

Eric: gente do céu, quase que minha hemorróida saia. - desceu do carro eufórico.

Didi: amigo, se você dando não saiu, então não ia ser agora. - disse rindo.

Tody: papo de louco. - fez careta e logo riu.

Kauan: oi tia. - se aproximou.

Eu: oi amor, como você tá? - abracei o mesmo e beijei o topo da sua cabeça.

Lara: aí, mal desço do carro e já vejo assombração. - reclamou, passando direto.

Kauan: vai viu, feinha. - falou sério e eu neguei, segurando o riso.

Didi: vão brigar longe de mim. - falou sério. - duas crianças chatas.

Igor: só eu que sou bonzinho. - disse se gabando.

Vargas: ajuda o pai aqui, Igor. - gritou do carro.

Igor: vai dá não, pai. Tô com dor de barriga.  - disse colocando a mão na mesma.

Vargas: ih, vai veno. - encarou Igor que riu e foi até o mesmo.

[..]

Logo anoiteceu. Eu, Eric e Ingrid estávamos arrumando a janta. No caso, não era janta, era um churrasco mesmo.

Esse final de semana era curtição. Muita coisa rolou esses últimos anos. Muita crise, muita loucura, quase que houve morte, separação, uma loucura.

8 anos juntos, não era 8 dias, semanas e nem meses, ERA 8 ANOS.

Passamos por muitas provas, sentimentos malucos, ansiedade, depressão, mas cá estávamos nós.

Eric: aí gente, estou tão feliz. - falou, enquanto cortava a cebola.

Didi: tô vendo, tá até chorando. - riu, e Eric mandou dedo.

Eu: sentou em quem? - olhei pro mesmo, rindo.

Eric: para, suas bestas... - negou. - tô feliz por vocês. Quem diria que aquele baile louco, daria nisso tudo. - disse relembrando.

Didi: aí, que nostalgia. - suspirou.

Eu: quanta coisa passamos né.. - olhei pra eles. - todos juntos, graças a Deus.

Didi: me arrependo de não ter sentado pro seu pai. - fez bico e eu fiz careta.

Eric: amiga, você sentou só pra trafica.. sua meliante! - disse rindo.

Didi: eu gostava de emoção, me deixa. - jogou o cabelo e eu gargalhei.

Eric: quem saiu ganhando nisso tudo, foi a patroa. - encarei ele. - tinha logo era dois chefões na captura.

Eu: nem cheguei a sentar no outro. - fiz careta. - tô bem com meu maluco.

Didi: que loucura. - riu negando. - naquela época era bobinha, tadinha. Se toda vez que Vargas fizesse merda e ela tivesse ido atrás daquele doidinho, acho que ela nem tava com Vargas.

Eu: conversa veia pôdi. - ri, fazendo careta.

Tody: AE, QUE DEMORA... TO NA BROCA EM!!! - apareceu fazendo cara de coitado.

Vargas: esse vagabundo não consegue fazer nada. - falou sério. - só sabe pensar em comer, essa florzinha.

Tody: respeito pai. - riu.

Vargas: respeito é o caralho... - falou bravo. - nem acender a porra da churrasqueira, Tody. Tá tirando pô.

Tody: para pai, eu sou churrasqueiro não. - fez bico. - eu sei dá é tiro, churrasco deixo contigo.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora