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Ágata.

Meses depois...

A vida tava uma correria danada. A gravidez eu preferi manter em segredo, ainda mais com tanta gente maldosa no mundo.

Rafaela sumiu no mundo e que continue assim.

A polícia deu um tempo de invasão.

Agora o que me pega, é aquele Hugo... Gente, que homem chato. Vive me ligando, chamando pra fazer isso e aquilo.

Ficou até com medo de quando Vargas descobrir uma coisa dessa. Vai enlouquecer e mandar matar.

Respirei fundo e me levantei.

Preguiça a beça.

Os enjôos matinais eram os piores.

Tirei meu pijama, coloquei no cesto e fui tomar um banho.

Lavei meu cabelo, fiz minhas higienes e sai dali enrolada na toalha.

Sai do banheiro e vi Vargas sentado na cama, com meu celular. De início, nem dei muita estia. Passei pelo mesmo e fui até o closet, pegando uma roupa e lingerie.

Vesti, penteei o cabelo, passei desodorante e me aproximei de Vargas, que continuava mudo.

Eu: o que foi? - ergui a sobrancelha.

O mesmo exitou em me olhar, mas quando olhou, dei um passo pra trás.

O homem parecia ter visto o capeta na frente dele.

Eu: aconteceu algo? - respirei fundo.

Vargas: desde quando você conversa com Hugo? - arregalei os olhos, perdendo a palavra. - responde Ágata.

Eu: conversando o que? - tentei manter a calma. - quando você pegou uma conversa com ele? Tudo que tá aí é negando convites.

Vargas: Não muda de assunto. - falou sério, sua voz estava terrivelmente amedrontador. - vou perguntar só mais uma vez... Desde quando vocês dois tem números um do outro?

Eu: entendi tudo. - encarei ele. - tá achando que eu já tive algo com ele. - ri fraco. - me poupe né.

Neguei, saindo dali.

O mesmo segurou meu braço com força, me colocando contra a parede.

Arregalei os olhos, sentindo meu coração palpitando, minha respiração desregulada.

Eu: você tá me machucando. - sussurrei.

Vargas: se você ta achando que vai me sacanear, você tá muito enganada. - encarei ele.

Seus olhos estavam vermelhos, ele tava bastante estranho.

De certo, deve ter usado algum tipo de droga.

Eu: me respeita. - ele me encarou debochado. - nunca te dei motivos pra desconfiar de mim, diferente de você. - o mesmo segurou meu rosto com força.

Vargas: não retruca. - aproximou seu rosto do meu. - eu só tô te avisando, acata se quiser.

Ele me jogou na cama com força, fazendo minhas costas bater no colchão com força.

O que tinha rolado ali?

Senti meus olhos arderem, o logo as lágrimas quentes rolando pela bochecha.

Uma sensação horrível no meu peito.

Meus pensamentos estavam perdidos, e eu não sabia como reagir.

[..]

Eric: o que houve? - disse abrindo a porta, assustado.

Eu: posso ficar aqui uns dias? - sorri sem graça.

Eric: Claro né, Queen. Não precisa nem pedir. - tentou me confortar. O mesmo pegou minha bolsa e me puxou pra entrar.

Eu: aconteceu umas coisas lá em casa. - suspirei, me sentando. - quando eu estiver... bom, me sentindo melhor, te conto tudo. - ele me olhou, concordando. - não fala pro Vargas que eu tô aqui.

Eric: tinha que ter dedo daquele bofe né? - resmungou. - esse homem só anda pisando na bola.

Eu: tá tudo bem. - forcei um sorriso.

Hoje foi o fim da picada.

Cortei o assunto, mas Eric não tava mentindo.

Tem meses que Vargas tá dando mole. Aprontando. Fazendo besteira.

Chega em casa louco, cheirando a cachaça e perfume de mulher.

Já surtei, já quis matar.. mas não adiantou de nada.

É como o povo fala né: Só servi pra ter filho daquele traste.

Senti meus olhos marejados, mas tratei de limpar e desviar a conversa.

Era tanta raiva que continha dentro de mim, que me dava vontade de sumir.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora