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Vargas.

Fiquei bolado mermo, mané.

Como ela tem coragem de meter o pé, e ainda ir pra festa? Tá maluco. E o pior é que eu nem sei pra que banda ela tá.

Freitas saiu com Ingrid, e eu tô aqui, na minhas neuroses.

Surtei legal. Tendi mermo não.

Arrumando confusão até com os aliado, vê se pode. É o satanás agindo, Deus me defenda.

Tody: ae patrão, tá de boa? - encarei ele, mandando um jóia. - Toma aí, não vi tu comendo hoje pô. - me entregou uma sacola. - a vida não é só cachaça e droga.

Olhei pra ele desconfiado e agradeci.

Abri a sacola e vi um sanduíche e uma lata de coca.

Eu: o que tu tá querendo, meu bom? Vai ter aumento não. - falei sério e ele bufou.

Tody: pô, achei que ia aumentar mais um milão aí. - disse rindo. - fiz isso pra querer aumento não, besta.

Eu: sei viu. - ele cruzou os braços e me olhou. - quem não te conhece, que te compre.

Tody: gostei disso não. - resmungou. - era só isso mermo, tô colando na minha goma.

Fizemo nosso toque e ele partiu dali.

Aproveitei pra ir pra minha casa.

_

Eu: o que tu perdeu aqui? - vi ela sentada no sofá.

Rafa: aí Vargas, eu concordei de fingir namoro contigo, mas tu viu os absurdo que falaram de mim na página? - fez birra.

Eu: falaram o que? - perguntei desinteressado.

Rafa: que eu era lora oxigenada, se for pra ser assim, eu volto pro meu bebezinho. - bateu o pé, brava. - inclusive, isso nem era pra ter saído na merda da página. - falou desesperada. - se isso cair na mão do meu bofe, já era.

Eu: aí Rafaela, não enche. - subi pro meu quarto. - vai pá tua casa, a notícia já deve ter chegado pra quem eu queria.

Rafa: tu num vai sair do pé dela não é? - encarei ela. - que foi? Tu sacaneou com ela. - apontou pra mim. - eu tava nas festas viu.

Eu: vai se foder. - fui até ela. - eu tô ligado na minhas ações. Fica na tua.

Rafa: fico nada. - disse sem se importar. - pelo menos ela saiu fora antes de se afundar. - ergui a sobrancelha. - imagina se ela tivesse engravidado? Nossa senhora. - disse rindo.

Eu: mano, vai embora vai. - empurrei a mesma pra fora. - só aparece aqui quando eu te chamar, porra ruim.

Ela riu e mandou beijo com a mão. Mandei dedo e ela saiu rebolando.

Filha da puta mermo.

[..]

Ágata.

Cheguei em casa podre de cansada. Muito cansada mesmo.

Encarei Eric bêbado, e neguei rindo.

Subi pro meu quarto, tirei minha roupa e tomei um banho.

Sai enrolada na toalha e vi a bicha sentada na minha cama. Ergui uma sobrancelha encarando ele.

Eu: vai dormir, bebo bosta. - ri fraco.

Eric: tu viu aquele bofe? Ele não tirava o olho de tu. - resmungou, olhando o celular. - qual o nome dele mesmo? - me olhou.

Eu: Hugo. - falei fazendo careta.

Eric: - me olhou pensativo. - não foi por causa dele que Vargas surtou? - arregalou os olhos.

Eu: essa alma mesmo. - suspirei. - de problema eu tô correndo, amigo.

Eric: mais ele é bonito. - riu.

Eu: não deve valer um tiro pela culatra. - neguei, pegando uma calcinha e vestindo meu pijama.

Eric: você nunca teve contato com ele, mulher. - falou óbvio.

Eu: viado, dá um tempo. - encarei ele. - eu mal separei daquele infame, não quero outro nem tão cedo.

Eric: ele é do movimento? - concordei e o mesmo fez o sinal da cruz. - então vamos deixar baixooo? - cantarolou e eu neguei rindo.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora