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Ágata.

2 anos depois.

Eu: e aí, preparada? - ajeitei o cabelo dela.

Didi: esse vestido tá me apertando. - reclamou pela milésima vez.

Eric: estranho. - ergueu a sobrancelha e eu olhei pra ele. - até duas semanas atrás tava folgado.

Eu: ihhhh. - ri negando.

Didi: pó ficar na sua. - me olhou, fazendo careta.

Eric: cê sabe o que acontece quando se vai pra guerra sem colete né? - riu, jogando o cabelo.

Didi: vocês estão me desanimando. - fez bico.

Eu: acho que dá tempo de fazer um testezinho. - falei pensativa.

Eric: a farmácia tá aí na frente. - riu.

Eu: espera aí, vou lá rapidinho. - Ingrid fez birra.

Nem dei estia, fui correndo e comprei o teste de gravidez.

Só pra desencargo de consciência né?

Do jeito que ela pegava fogo com aquele homem, impossível não ter um fiote ali.

Voltei pro Studio, a mesma pegou o teste e foi pro banheiro.

Eric: como você está? - me olhou.

Eu: bem. - sorri de lado. - me sinto realizada. Tanta coisa mudou nesses dois anos.

Eric: e aquele saruê, tá te tratando bem? - encarei ele e ri, concordando. - o histórico dele não era bom né, amiga... Antes do casamento. Sempre bom perguntar, se a resposta não agradar, ele vira estatística. - arregalei os olhos.

Eu: Eric, você não é bandido. - lembrei ele, rindo. - você é uma hello Kitty.

Eric: ah, é mesmo. Lembrei. - riu, sacudindo os braços.

Logo ouço um grito vindo do banheiro, me levantei correndo e fui até o mesmo.

Eu: o que houve? - abri a porta. Ingrid estava estática, olhando pro aparelho em sua mão, e se tremendo. - deixa eu vê isso.

Didi: já tá escancarado o resultado aí. - resmungou, respirando fundo. - mas eu não achei que seria tão rápido. Misericórdia.

Olhei pro teste e tava positivo, ergui a sobrancelha e olhei pra mesma.

Eu: você já esperava né, sua safada. - murmurei segurando o riso.

Didi: amiga, eu dou mais que xuxu na água... - disse envergonhada. - não usa camisinha, não ia ganhar uma evoque né?

Eric: vou ter que fazer um fi também. - fez careta. - vou ser a única titia aqui.

Eu ri negando. Logo os celulares começaram a tocar.

Eu: tá na hora. - olhei pra Ingrid, ajeitando seu vestido.

[..]

Vargas: caraca, que demora. - reclamou, enquanto ajeitava o vestido de Lara.

Eu: casamento né, meu filho. Nunca vi ser rápido. - fiz careta.

Vargas: nem me lembre, no nosso eu quase tive um troço. - negou.

Lara: mamãe... - se aproximou. - papai não quis me dá refi.

Vargas: vai fofoqueira... - resmungou.

Lara: fofoquela é você. - cruzou os bracinhos. - eu vou contar pa mamãe.

Eu: contar o que, amor? - agachei, ficando na altura dela.

Lara: papai tava conversando com uma menina. - fez careta, e eu encarei Vargas.

Vargas: que isso, rapaz... - negou. - a garota tava só pedindo informação. - passou a mão no cavanhaque, olhando Lara.

Eu: sei, informação. - falei séria. - eu não vou te dá um murro aqui agora, porque é o casamento da minha amiga, Renan. - apontei pra ele. - mas vai achando que eu não tô na tua cola.

Vargas: já vai surtar. - falou baixo.

Eu: tu não me viu surtada. - encarei ele. - no dia que você levar um tiro, não vem falando que eu não avisei.

Nem esperei ele responder, peguei Lara e fui até o local que ficava os padrinhos e madrinhas.

Meu sangue tava quente, doida pra saber quem era a jararaca.

Nunca tenho um dia de paz. Quando acho que vai, não vai nada. Só quero ter paz, só isso. Não preciso de mais nada.

Respirei fundo, coloquei um sorriso e me aproximei de Eric.

Eric: ihhh, chupou limão foi? - riu.

Eu: agora não, Eric. - neguei e o mesmo concordou.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora