7

22.7K 1.2K 36
                                    

Ágata.

Eu já tava repunando aquele tanto de álcool. Sério. O cansaço bateu legal.

Eu: gente, eu vou partir em. - cheguei perto deles.

Eric: ah, porque mona? - fez cara triste.

Eu: tô cansada, amores. - expliquei. - mais tarde a gente marca algo.

Didi: melhor descansar então, amiga. Não queria que fosse, mas assim que chegar em casa, avisa. - beijou meu rosto.

Eric: verdade, não esquece de avisar. - me abraçou. - vai devagar e cuidado.

Concordei sorrindo fraco e fui saindo dali.

O horário marcava às 03:56, sei que é o horário que a festa começa a pipocar mais ainda. Mas dá não, cara.

Eu poderia muito bem passar despercebida, mas como? Quando pensei, ele já estava do meu lado, dando um trago no cigarro. Olhei pro mesmo confusa.

Vargas: ia sair sem nem despedir? - segurei o riso e encarei ele.

Eu: ia mesmo ó. - dei de ombros e ele negou.

Vargas: posso pelo menos te levar no pé do morro? - parei e olhei pra ele uns segundos.

Eu: não vai receber nada em troca. - ri baixo.

Vargas: para pô, tô sem segundas intenções. - levantou as mãos em sinal de rendição.

Eu: sei. - desviei o olhar. - um voto de confiança tu tem. - ele sorriu de lado e concordou.

Fomos até o carro dele, um baita carrão.

Uma Porsche Cayenne, cor de chumbo, linda mesmo.

Olhei pro mesmo surpresa e ele parecia nem ligar.

Eu: carro bonito. - comentei e ele concordou.

Vargas: me amarro nesses carro. - sorri fraco. - qual é o teu?

Eu: não chega nem aos pés do seu. - eu ri. - é um Jetta gli.

Vargas: pô, eu prefiro mermo um Jetta viu. De outro mundo. - concordei escutando ele.

Em menos de 3 minutos estávamos no pé do morro.

Meu carrinho tava lá, do mesmo jeito que eu deixei.

Vargas: posso ter pelo menos o privilégio de ter seu número? - encarei ele, e concordei.

Ele me deu o celular e eu disquei meu número.

Eu: obrigada aí. - sorri e desci do carro. - não esquece de me ligar.

Vargas: com certeza ligarei. Tô atrás do meu sim, pô. - eu ri negando. - vai com cuidado.

Concordei e adentrei no meu carro, dando partida no mesmo.

Ele me observava, os olhos pareciam brilhar. Ihhh. Mandei um tchauzinho e sai dali voada.

[..]

Estaciono meu carro e desço do mesmo. Ultrapasso a porta que tinha ali, que dava acesso a casa.

Destranco a mesma e adentro na casa. Sentindo o arzinho acolhedor.

Suspiro tirando minha bota, e pegando a mesma na mão.

Pego meu celular e mando mensagem no grupo que tinha Eric e Ingrid, avisando que já havia chego.

Subo direto pro meu quarto, tiro meu vestido e tomo um banho, tirando aquele cheiro de suor.

Assim que termino tudo, saio enrolada no roupão.

Pego uma calcinha e um pijama, visto o mesmo e meu celular apita.

Olho o mesmo e era desconhecido.

Eu: Oi? - falo desconfiada.

Vargas: chegou bem pô? - nego sorrindo, ao ouvir a voz dele.

Eu: cheguei. - respondi rápido. - achei que não iria ligar especificamente hoje.

Vargas: pô, tu ainda não botou fé que tô atrás do meu sim? - deu uma risada rouca.

Eu: é estranho, mas tudo bem. - ri fraco. - não está mais no baile?

Vargas: tô velho pra esses bagulho. - respirou fundo. - deixei o povo e vim pra minha chola mermo. mais tarde tá ocupada?

Eu podia falar que sim, mas eu tinha que pelo menos da uma estia pro cara.

Mas ao mesmo tempo, tô sabendo que é enrascada.

Eu: provavelmente não. - ele comemora e eu rio. - mais eu tenho que ver que horas eu consigo acordar.

Vargas: pô, que não seja tarde né. - falou sério. - bora amanhã almoçar comigo.

Eu: aí não né, Vargas. Vou ter que acordar cedo. - falei manhosa.

Vargas: tô passando aí às 12h. - nem deixou eu responder. - vai dormir branquinha, bons sonhos.

O descarado desligou na minha cara.

Fiquei um tempo encarando aquele celular e tentando entender o que acabou de acontecer.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora