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Rafaela.

Sempre fui gamadinha no Vargas, não é de hoje não pô.

Desde que ele tava na tranca. Dava um suporte legal pra ele lá dentro.

Mas depois que ele saiu, ficou diferente a situação. Achei que ia rolar algo entre nós, mas não, a tal Ágata apareceu e fodeu com tudo.

Vargas sempre deixou bem claro que não queria relacionamento, e na primeira oportunidade, tá se envolvendo com uma patricinha do caralho.

Meu ódio era tanto, porque eu tô ligada que eu quem deveria tá no porte dele.

Carla: e você acha que ele vai largar carne nova por carne podre? - disse rindo e eu mandei dedo.

Eu: uma amiga igual você, não preciso de inimigo. - fiz careta.

Carla: acho melhor tu largar o santo do bofe, mana. - encarei ela. - sério, Vargas tá de boa na dele, com a mina dele... Não mexe com quem tá quieto. Tu conhece a índole.

Eu: eu não vou parar enquanto não tiver ele. - falei séria, e Carla negou.

Carla: só não esquece que eu avisei. - fiz careta. - eu não quero nem tá perto quando ia bomba estourar.

Bufei.

Carla sempre querendo ser a certinha.

Ajeitei meu cabelo e fui até a boca, vi Freitas lá, mas não vi meu gostoso.

Freitas: o que tu quer, praga? - me encarou.

Eu: você que não é. - Freitas fez cara de nojo. - Cadê Vargas?

O mesmo me olhou, desviou o olhar, e olhou os bolsos.

Freitas: não tá aqui. - os moleque que tava ali começou a rir. Bufei e ele respondeu. - tá com a mina dele.

Eu: eu tô aqui. - ele riu negando.

Freitas: me testa não, Rafaela. - falou sério.

Vargas.

Matei mermo pô, e mato de novo.

Malandro querendo me passar pra trás dentro do meu comando? Aí não, rapaz.

Tody: faz o que com isso, chefe? - olhou o corpo estirado na sala.

Eu: taca fogo nessa porra. - falei estressado, limpando minhas mãos.

Sabiá: tá com o diabo no coro é? - falou gastando e eu ri fraco, negando.

Eu: tô mermo. - concordei e sabiá fez o sinal da cruz, viado. - tu aí, fica na contenção da boca. - apontei pra Eltin.

Ele comemorou e eu sai voado dali.

Passei em casa, tomei uma ducha e vesti uma peita braba. Calcei minha Kenner, taquei perfume e fui na casa da patroa.

Já era noite, então tenho certeza que ela tá na neura.

__

Ágata: não quero conversa, Vargas. - falou seria.

Eu: pô branquinha, eu tava resolvendo o bagulho que eu te falei essa madrugada. - expliquei.

Ágata: demorou isso tudo pra matar alguém? - falou me olhando e eu concordei. - achava que era mais rápido. - falou pensativa.

Eu: tem tudo um processo pô. - encarei ela. - bora dá um tempo de brigar atoa, sério mermo.

Ágata: desculpa. - ergui a sobrancelha. - acho que eu tô na TPM.

Eu: deve tá mermo, toda implicante pro meu lado. - ela riu e apoiou a cabeça no meu ombro.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora