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Vargas.

Ágata era foda pô, a mina sabia conduzir o bagulho direitinho.

Achei que ela ia vim atrás, veio porra. Num vai eu ficar no pé não.

E quase que eu não conseguia.

Chegamos no morro, hoje tava tendo churrasco na casa do mano Nico, queria tá acompanhado da branquinha gostosa. Qual foi pô.

Estacionei o carro, fiz um toque com os moleque que tava na contenção e fui abrir a porta pra madame.

Ela desceu do carro e sorriu, puxei a mesma pela cintura e dei um cheiro no cangote da mesma, que se arrepiou e suspirou.

Eric: aí, ninguém abre a porta pra mim. - falou fingindo que tá chateado.

Eu: entra de novo pô, vou abrir. - ele me encarou e riu, adentrando no carro.

Dei a volta e abri pro viado dramático.

Eric: saiba que se ela não te quiser, eu vou querer. - riu, me abraçando de lado e eu neguei.

Esperei Ágata se aproximar, e puxei a mesma pela cintura, que me olhou desentendida.

Eu: pode ficar perto de mim não? - ela revirou os olhos.

Ágata: porque não poderia? - cruzou os braços me olhando.

Eu: tava com saudade, pô. - cheirei o cabelo da mesma. - você nem liga pro pai aqui.

Ágata: Vargas, a gente ficou uma vez. - encarei ela. - e ficamos uns dias sem se ver, é normal. Somos solteiros. - deu de ombros e eu neguei, ficando sério.

Dei nem confiança. Mulher quando ganha confiança demais, começa com essas lorotagem.

Tô ligado que sou solteiro pô, mas precisa ficar com essas ideia pro meu lado? Posso nem sentir saudade nesse caralho.

Adentramos na casa, e já tava um furdunço do caralho.

Tocando funk brabo.

Os moleque me cumprimentava, e as mina faltava se jogar em mim.

Ágata fechou a cara, e saiu na frente, arrastando a purpurina. Ihhh.

Fui atrás da mesma, e logo esbarrei na Rafaela.

Rafa: e aí, Vargas. - sorriu, me olhando. - achei que nem ia te ver hoje.

Eu: pois é, pô. Tô aqui. - procurei Ágata, negando. - depois a gente se fala, Rafaela.

Rafa: tá acompanhado? - segurou meu braço e encarei ela, que logo soltou.

Eu: tô pô. - ela resmungou e eu sai dali, procurando a encrenca.

Sai pra área da piscina e ela tava sentada um pouco afastada, com Eric.

Fui até a mesa e encarei ela.

Ágata: achei que a garota não ia deixar você vir. - riu, e apontou pra cadeira.

Eu: porque tu não espera, pô? Sai igual um furacão. - reclamei.

Ágata: aí lindo, eu tava afim de beber e comer. - apontou pra cerveja e para a carne.

Eric: tem vários bifes lindos aqui. - comentou e eu neguei. - queria sair casada daqui.

Ágata: bicha, sossega teu facho. Não pode ver um portando fuzil. - riu.

Me sentei ao lado da Ágata, e peguei uma lata que tava no baldinho. Abri a mesma e beberiquei a cerveja.

[..]

Eu tava com a mão na coxa daquela gostosa. Já tava na intenção de levar ela pra minha casa, mas hoje tá difícil.

Freitas: fala tu, meu irmão. - chegou fazendo um toque. - e aí. - pegou na mão da Ágata

Eu: demorou em, porra. - comentei e ele concordou.

Freitas: tava resolvendo b.o na pista. - bufou. - mas tô de volta.

Começou a se sacudir e eu neguei, enquanto Ágata ria fraco.

Encarei ela, e reparei aquele rostinho.

Ela era o significado de perfeição.

Ágata: o que foi? - murmurou, me olhando. Voltei meu olhar para seus olhos e neguei.

Eu: vai dormir comigo hoje mermo não? - ela negou, sorrindo.

Ágata: mô, a gente não é casal. - a mesma me lembrou e eu revirei os olhos.

Eu: para Ágata, porra. - fechei a cara. - e tu acha que pra gente ser casal, é fazendo assim que acontece algo? - falei puto.

Mas em nenhum momento me alterei.

Só fiquei puto. Como alguém vai pensar em ter algo sério, se não tem uma chance se quer de ter um momento a sós.

Ela ergueu a sobrancelha e ficou calada.

Neguei, me levantando e saindo dali.

O estresse me pegou.

Rafaella, 23 anos.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora