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Rafaella.

Eu: e tu vai demorar mais quanto tempo? Num vou ficar mais participando desse b.o não pô, se Vargas descobrir, eu tô fodida. - encarei eles a minha frente.

Tony: cala a boca, tu tá sendo paga é pra isso. - encarei aquele velho a minha frente, cruzei os braços. - se você fizesse o serviço direito, todos os dois já tinham morrido.

Eu: mais fácil eu te entregar pro Vargas então, aí eu recebo mais. - o mesmo me encarou. - Tu tá pagando uma mixaria, ainda fica me ameaçando.. já tem mais de meses esse caralho.

Tony: Então faz o que a gente combinou. - o mesmo colocou as mãos no bolso da calça jeans.

Eu: tá certo. - respirei fundo.

Eu já não tinha mais nada com Vargas, sabe? Entrei nessa bem no começo do relacionamento dele com a Ágata, mas depois conheci um bofe e desencanei dele.

Já tentei de tudo pra sair dessa enrascada que eu me envolvi, mas esse velho é uma praga.

Ele me entregou um envelope com dinheiro dentro, neguei e sai dali.

Eu não podia mais participar disso. Eu quero crescer na vida, e isso só tá me empacando em um lugar só.

Peguei um Uber e o mesmo me deixou no pé do morro. Paguei e fui subindo a pé mesmo.

O movimento tava leve, crianças brincando, as velhotas como sempre, fofocando.

Logo vejo uma BMW subindo o morro, ergui a sobrancelha e tentei ver que era.

Não era ele, mas era a Ágata.

Voltaram?

Pensei duas vezes e me joguei na frente do carro, fazendo o mesmo frear de uma vez.

Ágata: CARACA, VOCÊ TA DOIDA? - gritou, descendo do carro.

Criolo: tá maluca, Rafaella? - falou bolado. - se tu quer me foder, me beija primeiro.

Eu: preciso falar com você, Ágata. - suspirei, me levantando e limpando os pequenos machucados.

Ágata: e precisava fazer isso? - falou preocupada.

Eu: claro. - ela negou. - preciso falar com você a sós.

Ágata: olha, se for por causa do Vargas, eu tô fora... - interrompi a mesma.

Eu: não tem nada a ver. - ela me olhou desconfiada.

Ágata: vamos ali. - a mesma me puxou para a pracinha. - fala logo.

Encarei ela, enquanto procurava coragem.

Sou um ser humano horrível.

Eu: olha, primeiramente, quero pedir desculpas. - ela me olhou confusa. - no começo eu gostava muito dele... - contei tudo a ela.

[..]

Ágata: eu espero, do fundo do meu coração, que você não tenha passado outro tipo de informação. - ela suspirou. - você sabe que Vargas vai surtar né?

Eu: por isso te contei primeiro. - ela negou. - Entenda meu lado.

Ágata: estou tentando, Rafaella. Mas você tem noção aonde se meteu? Esse cara é perigoso. - falou se referindo ao pai da Ingrid.

Eu: e eu me sinto totalmente culpada por ter feito isso. - ela me encarou, passando a mão no rosto.

Vargas: qual foi do caô? - sua voz rouca e fria tomou conta de nós duas. Olhei pra mesma assustada e ela respirou fundo.

Ágata: tem caô não. - sussurrou.

Vargas: tu num tá de sacanagem pro lado dela não né? - me olhou.

Eu: oxe, me respeita. - me defendi.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora