Ágata.
Acordei com alguém me sacudindo, chorando igual neném.
Quando eu vi ele ali, me olhando preocupado, nem pensei, já abracei ele.
Que susto. Que pesadelo horrível.
Vargas: se acalma. - alisou minhas costas.
Eu: eu tive um pesadelo. - solucei.
Vargas: shii, não pensa nisso pô. - sussurrou. - respira fundo. Eu tô aqui.
Foquei minha atenção em outra coisa, não queria ficar pensando naquele sonho.
Respirei fundo, controlando minha respiração.
Vargas: vou buscar uma água, tranquilo? - concordei, observando seus movimentos.
Ele saiu dali do quarto, e eu limpei as últimas lágrimas que insistiam rolar.
Suspirei, negando.
Eu nunca sonhava, e quando sonhava, acontece essas coisas.
Tá repreendido dez vezes.
Ele voltou com um copo cheio de água, sorri fraco e tomei um pouco.
Vargas: tá melhor? - passou a mão no cavanhaque, me analisando. Eu apenas concordei. - sonhou com o que?
Eu: que tava tendo invasão aqui... - contei tudo a ele.
Vargas: tá maluco, tá repreendido pô. - negou com a cabeça. - que Deus me proteja. - suspirou, preocupado.
Eu: promete pra mim que vai se cuidar... - pedi, e o mesmo me olhou.
Vargas: prometo pô, eu prometo. - me puxou, começando um beijo.
Uma das coisas que eu mais tinha medo nessa vida, era perder alguém.
Nunca passou pela minha cabeça namorar um dos traficantes mais conhecidos do RJ.
Mas olha só como o mundo da voltas, não é mesmo? Tô eu aqui, com ele.
Tudo bem que ele pagou tudo lá na cadeia, mas puts, ele tinha muito inimigos. Inclusive, policiais.
Eu não sei se consigo sobreviver a isso tudo.
Paramos o beijo, e ele me encarou. Ergui a sobrancelha, esperando ele falar algo.
Vargas: você tá bem mesmo? - concordei, dando um sorrisinho. - fiquei grilado com isso aí. - coçou a cabeça.
Eu: tá tudo bem. - puxei ele, apoiando minha cabeça na curva do pescoço dele.
Vargas: eu tô ligado, minha gata. - me olhou de relance. - mas vai saber se não é aviso, tendeu?
Eu: tem isso também. - suspirei, me lembrando da cena. - mas vamos viver com calma. - olhei o horário. - vem, vamos tentar dormir.
Puxei o mesmo, e deitamos juntinhos.
[..]
Acordei com uma falação do caramba. Abri os olhos devagar e vi minha janela aberta. Aí que ódio.
Levantei na sede de arrumar confusão. Encarei aquele pessoal todo na frente da minha janela conversando e bufei.
Fechei minha janela no ódio, e voltei pra cama, analisando que estava vazia.
Vargas já deve ter ido na boca.
Me embrulhei novamente e fechei os olhos, tentando dormir.
_
Vargas: nossa, você não levantou até agora? - me olhou, e olhou o relógio. - col foi amor, tem que levantar pra comer um pouco.
Eu: eu não quero. - falei manhosa. - tô com sono. - ele negou.
Vargas: bora Ágata, levanta. - falou sério.
Eu: aí, chato. - fiz careta e me sentei na cama. - eu vou ficar com cara de bunda e depois você tá reclamando.
Vargas: vai veno. - falou irônico e eu revirei os olhos. - vai se arrumar pra gente ir no pagode. - ergui a sobrancelha.
Eu: aonde? Hoje ainda é quinta-feira. - fiz careta.
Vargas: casa do mano, gata. - bufei. - vou lá em casa, quando eu voltar quero tu pronta. - apontou pra mim e eu mandei língua. - gostosa.
Ele saiu dali, me deixando com cara de tacho. Resmunguei e me levantei.
Peguei uma toalha limpa e fui pro banheiro, tirei minha roupa e liguei o registro do chuveiro, arrumando a temperatura e adentrando na água.
Tomei um banho relaxante, fiz minhas higienes, lavei cabelo e logo sai enrolada na toalha.
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𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.
FanfictionNós dois não tem medo de nada Pique boladão, que se foda o mundão, hoje é eu e você Nóis foi do hotel baratinho pra 100K no mês Nóis já foi amante louco, quantas vezes nós virou ex Bota a chave pra girar que se pá chegou nossa vez Tipo Santos na Bel...