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Vargas.

Eu já tava ficando bolado com essa dificuldade toda.

Vou desistir? Vou nada.

Mas a gente cansa pô, vou ficar me humilhando pra quê? Sendo que ela sempre vai falar não.

Eu amo pra caralho essa mulher, mas se vai ficar pisando, eu caio fora.

Eu: entra aí, vou te levar. - ela me olhou desconfiada e eu neguei. - relaxa, vou tentar nada contigo não. - falei estressado.

Ela ficou calada e eu adentrei no carro, dando partida no mesmo.

Nem falei mais nada, tá ligado? Sou otário não, pô. Tá achando que eu vou ficar inflando o ego dela, tá enganada.

Assim que chegou no pé do morro, cumprimentei os mano que tava na contenção e fui em direção a casa dela.

Parei em frente e ela desceu do carro, arrodeando e vindo em minha direção.

Ágata: obrigada, viu? Você é um lindo. - sorriu, me olhando. - desiste de mim não, tá? Eu só tô tentando absorver tudo isso. - suspirou e eu só concordei com a cabeça.

Eu: tranquilo, Ágata. Mas é aquilo mermo que eu te falei. - ela me olhou e eu olhei pra frente. - demora pra se decidir não, porque quando eu abrir mão, já era.

Ágata: para com isso. - fez careta.

Eu: paro não pô, tô te dando ideia certa mermo. Sou moleque não. - bufei. - tô aqui na humildade contigo, e tu me tratando desse naipe, é assim não. Tu nem tem uma confiança comigo. - ela ergueu a sobrancelha.

Ágata: experimenta me pegar só de calcinha e sutiã com algum homem. - encarei ela na hora, sentindo meu peito doer.

Essa garota era um absurdo. Me tirava do sério. Quer me matar porra.

Eu: tá bom, Ágata. - falei baixo, tentando manter a calma. - tô indo nessa.

Ela ia falar alguma coisa, mas acelerei o carro e sai dali cantando pneu.

Tá maluco, porra.

Essas coisas se faz não.

Cheguei na boca e fui direto pro escritório.

Eu ia dá um jeito nessa porra. Ia mermo.

Mandei um dos moleque buscar Rafaela. Ia tomar madeirada nas pernas, pra largar de ser piranha abusada.

[..]

Tava fumando meu baseado, na paz de Deus.

Uma pena que daqui a pouco a paz ia embora.

Tava tranquilinho pô, fazendo as contagens das drogas e da grana que tava entrando. Só coisa boa.

Resolvendo também os bagulho do armamento.

Logo Duzin apareceu arrastando aquela pilantra.

Quando a mesma me viu, sorriu.. fechei a cara e neguei.

Eu: fica ae pô, se eu não tiver a resposta certa, tu joga na rua e mete a madeira sem dó. - Rafaela me olhou assustada. Duzin se encostou na parede e ficou calado. - Vou perguntar só uma vez, tu tá ligada né? Então responde sem gaguejar.

Rafa: o que foi, Vargas? Eu não fiz nada. - respondeu rápido, sua respiração tava desregulada.

Eu: cala a tua boca. - apontei pra ela, dando um trago no baseado. Fechei os olhos e respirei fundo. - aquele dia que tu veio na maldade pedindo pro Tody me ligar porque tu queria trocar um lero comigo, eu não ia entrar pô, mas tu tava cheia de maldade, me oferecendo whisky... do nada eu embebedei, tu batizou a porra da bebida né? - Rafaela me olhou sem jeito, negando. - Tu tem só uma chance, caralho.

Rafa: Vargas, eu não fiz nada. - disse com os olhos marejados. - por favor.

Não me aguentei, peguei a mesma pelos pulsos, prensando a mesma na parede.

Eu tava com tanto ódio, que eu metia bala ali sem dó.

Eu: RESPONDE, PORRA. - falei sério. - VOCÊ TAVA NA PILANTRAGEM, NE CARALHO?

Rafa: EU NAO VOU PERDER VOCÊ PRA AQUELA CACHORRA. - respondeu gritando.

Não vi da hora que meti um murro no nariz dela.

A mesma caiu no chão chorando, e com a mão no nariz.

Eu: qual é a tua, Rafaela? - me afastei dela. - me deixa viver porra. Tu nunca vai ser fiel. Você foi o que foi porque era pra ser pô, tu nunca vai ser posturada a ponto de ser fiel. - a mesma me olhava chorando. - o que vai acrescentar na tua vida fazendo inferno entre eu e Ágata? - ela ia responder e eu neguei. - eu nunca vou te amar, pô.

Rafa: para de falar isso. - falou chorando. - você não sabe o que fala. Eu sempre estive com você. - a mesma soluçava.

Eu: E EU TE AMEACEI PRA VOCE FICAR DO MEU LADO? - falei alterado. - AQUELE DIA NAO ROLOU NADA NE, PO? TU É SANGUE DE BARATA CARA, PRA QUE FOI FAZER AQUELA PORRA TODA?

Rafa: porque eu te amo. - falou baixo e eu respirei fundo pra não quebrar ela ali.

Eu: tu é suja, pô. Suja não, imunda. - neguei.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora