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Vargas.

Puta que pariu... Que beijo essa desgraçada tem, viu?

Tá repreendido isso, tá maluco porra.

Cheguei no morro e fui diretão pra casa. Cumprimentei os seguranças e coloquei a nave na garagem.

Adentrei em casa e fui direto pro quarto. Tirei minha roupa, peguei minha toalha e fui tomar um banho gelado, pra ver se a mente esquece um pouco aquela mulher.

Fiz minhas higienes e sair com a toalha na cintura.

Meu radin começou a apitar.

Vargas: fala mermo pô.

Freitas: já tá em casa, amor? - neguei rindo fraco.

Vargas: não fode, Freitas. Hora dessa e tu atormentando o juízo. - falei sério.

Freitas: se liga pô. - respirou fundo. - o mano lá tá viajando, tem quase 2 semanas. Fiquei sabendo que na casa tá ficando só a filha. - encarei a parede.

Vargas: nosso bagulho é com aquele porra, pô. Deixa a garota de fora. - me sequei e coloquei a cueca.

Freitas: beleza então, meu lindo. - neguei. - até mais tarde, gatão.

Nem respondi, só deixei o radinho de lado e peguei meu celular, digitando uma mensagem pra gata.

Eu: valeu pela noite de hoje, linda. Espero que tenhamos mais alguns momentos desses. 04:32AM

Desliguei a tela do celular, arrumei o ar condicionado e fui deitar, tava cansadão, puta que pariu.

[..]

Dias depois.

Eu: bora porra, agilidade. - bati palma pra chamar atenção. - vou falar mais nada não, vou meter é bala na cara agora. - falei sério e o pessoal começou a empacotar as cocaína.

Potó: tá nervoso, patrão? - perguntou inocente e eu só encarei aquele filho da puta.

Eu: tô mermo. - fechei a cara e entrei no meu escritório. - se for pra encher meu saco, pode vazar. - encarei Freitas.

Freitas: se fudê não viu. - sentou na cadeira em frente a mesa.

Eu: tô estressado, bota fé? Parece que as porra tá tudo dando errado. - acendi meu cigarro, dando uma tragada.

Freitas: isso é falta de meter. - falou despreocupado.

Eu: não fode. - encarei meu morro.

Tava uma tranquilidade do caralho. Eu tinha até medo de quando começasse o terror de novo.

A branquinha gata sumiu. Desde o dia que me agarrou. Nunca mais falou nada, quando mando mensagem, só visualiza. Tu correu atrás de novo? Não? Pois é, nem eu.

Sou bobo, mas sou otário não pô. Corri atrás, tentei demonstrar o bagulho todo e ainda que fazer cu doce?

Aqui não rapa... Mulher se cria em cima de mim não.

Freitas: se liga. - me mostrou o celular. - chega hoje pô, a gente pode tentar fazer um acordo maneirinho com ele.

Eu: esse porra mora onde? - Freitas me olhou desconfiado.

Freitas: lá naqueles condomínio de gente fina. - riu negando. - mas tenho o contato do porteiro pô, dá certo.

Eu: fechou então. - olhei meu relógio e senti o celular vibrando.

Freitas: vai dá pra trás não em, baitola. - se levantou, e fizemos um toque.

Eu: sou você não, viado. - fiz careta.

Peguei meu celular e vi mensagem da bipolar.

Ágata: Boa tarde, lindão. Me desculpa por ter sumido esses dias. Tô numa correria danada. Meu pai chega hoje de viagem e eu fiquei bem aérea esses dias. Podemos nos ver hoje? - 15:43PM

Fiquei encarando a tela do celular um tempo, não tinha nem reação nesse caralho.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora