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Ágata.

Cheguei em casa e não havia ninguém, menos mal. Assim não teria que me explicar a alguém essas marcas de uma noite insana.

Fui correndo até meu quarto e tranquei o mesmo. Tirei minha roupa e fui tomar um banho.

Quentinho. Relaxante.

Sai enrolada na toalha, me sequei, vesti uma calcinha de renda e vesti um pijama de malha solta.

Passei desodorante, creme hidratante e passei um perfuminho.

Liguei o ar condicionado, liguei minha tv e me deitei.

Estava exausta.

Em questão de minutos, adormeci.

_

Acordei com alguém esmurrando minha porta.

Fiz careta e levantei muito puta.

Eu: calma, porra. Se quebrar é mais caro. - falei estressada. - pode nem dormir nessa merda. - abri a porta, vendo Eric e Ingrid na minha frente. Ergui uma sobrancelha, esperando uma resposta.

Eric: aí boss, desculpa. - sorriu nervoso. - a gente precisa de você. liga pro Vargas, o Freitas tá aí doido querendo bater na Ingrid.

Eu: é o que, gente? - passei a mão no rosto, tentando entender.

Ingrid: desde cedo ele tá na minha cola. - falou baixo, e eu olhei pra mesma, que abaixou a cabeça. - a gente não tem nada, ele ligou mais cedo querendo saber onde eu tava. Ele jura que Eric é hétero. - neguei rindo.

Eu: esse porra tá doido? vê eu e Eric pra cima e pra baixo. Até com o Vargas ele já viu. - neguei, indo pegar meu roupão. - eu vou lá resolver isso.

Ingrid: não precisa. - falou rápido e eu suspirei. - sério, Ágata. Não quero arranjar problemas pra você. - neguei.

Eu: eu não vou deixar ele fazer nada com você. - falei séria. Fechando a porta do meu quarto.

Desci as escadas e fui saindo de casa.

Quando cheguei no portão, vi Freitas transtornado lá em frente. Parecia ter usado muita droga. Abri o portão e cruzei os braços, vendo aquela cena.

Eu mereço viu.

Eu: que palhaçada hein, Freitas. - falei baixo, vendo o mesmo levantar a visão até onde eu estava.

Freitas: cadê ela? - levantou com dificuldade.

Eu: pra quê, cara? - perguntei confusa. - vocês dois não tem nada. Você vive com mulher pra cima e pra baixo. - falei óbvia e ele negou. - se você não sabe, Eric não gosta de mulher. Você conhece Eric. - apontei pra ele, que me olhava calado. - se você não parar com esse show na frente da minha casa, eu vou ligar pro Vargas.

Freitas: eu só quero conversar com ela. - falou embolado.

Eu: vai pra casa dormir, meu amigo. - suspirei. - você tá doidão, virado. Dorme um pouco, depois vocês conversam. - ele suspirou, passando a mão no rosto. - ei, você... - apontei pra um carinha que fazia a segurança da minha casa. - leva ele.

Xxx: pô patroa, o chefe... - interrompi.

Eu: eu me resolvo com ele depois.. leva ele, por favor! - o garoto suspirou assustado, mas concordou.

Logo ele saiu de lá com um carro e levou Freitas. Assim que eles sairam dali, vi a moto de Vargas se aproximando.

Mais um...

Ele desceu da moto, me olhando, procurando algo.

Eu: o que foi? - chamei atenção dele.

Vargas: chegou no meu ouvido que Freitas tava aqui. - falou sério. - na moral, se ele tivesse feito alguma merda, ele ia ver. - passou a mão na cabeça, totalmente nervoso.

Eu: calma. - ele me puxou pela cintura. - eu resolvi. Ele queria conversar com a Ingrid. - suspirei. - queria até bater.

Vargas: esses dois tem alguma coisa? - eu olhei pensativa.

Eu: eu não sei. - fiz careta. - mas eu acho que não. Ele vive com mulher pela favela. - Vargas negou, nervoso a beça.

Vargas: vou resolver esse b.o - ele me deu um beijo, finalizando com selinho.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora