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Ágata.

Cheguei em casa pela madrugada mesmo. Tava exausta, e a comida não me fez bem.

Tava numa azia sem fim.

Vargas: tem certeza que não quer ir no postinho? - me olhou preocupado.

Eu: não precisa, meu gato. - sorri, me aproximando do mesmo.

Começamos um beijo surreal. Encaixava perfeitamente. Era coisa de louco mesmo.

Vargas: e remédio? - interrompeu o beijo, e eu ri.

Eu: lá dentro tem, Vargas. - sussurrei, apoiando minha cabeça no seu ombro.

Vargas: Renan. - levantei a cabeça, olhando pra ele, sem entender - meu nome é Renan. - sorri de lado.

Eu: nome bonito, pra um homem bonito e gostoso. - abri um sorriso.

Vargas: tô ligado. - deu um sorriso ladino. - vou marchar, minha gata. - concordei e dei outro beijo nele. - que dia a gente vai poder dormir juntos?

Eu: quando meus dias de garota vitoriosa acabar. - ele riu.

Vargas: e contigo assim eu não posso dormir? - me encarou e eu concordei. - sacanagem pô. - me deu um cheiro no pescoço. - vai lá, vou esperar tu entrar.

Eu: tchau, bebê. - dei um selinho no mesmo e sai do carro.

Acenei, e adentrei em casa.

Tranquei o portão e fui andando até a porta da frente.

Escuto o carro ligando e ele saindo dali cantando pneu.

Tava cansada, e meu estômago só pela glória.

Assim que adentro em casa, vejo a bicha toda esparramada no sofá, dormindo.

Neguei e ri fraco.

Cutuquei ele, que acordou num pulo.

Eric: aí, quer me matar, fala logo. - com a mão no peito. - tem tempo que chegou?

Eu: agorinha mesmo. - ele concordou.

Eric: o que você queria conversar? - dei de ombros. - você me fez dormir no sofá, cara. Agora fala.

Eu: olha. - mostrei a mão da aliança.

Eric: NÃO.CREIO. - gritou, pausadamente.

Eu: ei, shiiii. - coloquei a mão na boca dele, que tava pulando eufórico. - se acalma, bicha.

Eric: amiga, eu tô chocada. AIIII, parabéns. - me abraçou. - eu falei pra ele que você ia aceitar. - estreitei o olhar pra ele. - Ita...

Eu: você sabia, ordinária. - falei rindo. - quase que eu nao aceitava.. fiquei totalmente fora da casinha.

Eric: ainda bem que aceitou.. se não aquele homem ia me encher o saco. - reclamou e logo riu.

Ficamos conversando um pouquinho, depois ele subiu pro quarto e eu fui pra cozinha tomar um remédio pro meu estômago.

Tomei água, apaguei as luzes e subi pro meu quarto.

Tirei a sandália, e coloquei na sapateira.

Logo tirei as roupas, colocando-as no cesto de roupa suja e fui tomar um banho rapidinho.

Fiz minhas higiene, escovei os dentes e sai enrolada na toalha.

Assim que sai do banheiro, não contive o grito, e logo abafei o mesmo com a mão, quando reconheci aquele corpo.

Eu: tá maluco, cara? - tentei controlar minha respiração.

Eric: QUE FOI BOSS, TA TUDO BEM? - apareceu com um taco de beisebol.

Eu: Calma Eric, tá tudo bem. - segurei o riso. - só esse ser humano deitado na minha cama.

Eric: que susto. - negou com a cabeça e Vargas encarava a gente, com deboche.

𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.Onde histórias criam vida. Descubra agora