Vargas.
Já se passaram uns dias pô, já tô ficando bolado por ela nunca ter dado uma brecha. Qual foi pô, tenho minhas necessidades né, e em nenhum momento fiz as coisas pra receber algo em troca. Mas parece que ela não tem sentimentos. Só sabe maltratar o pai.
Ela e a purpurina não parava de tagarelar, nunca acabava o assunto.
Eric: e tu, Vargas... tem quantas ex? - encarei ele pelo retrovisor e neguei. - vai falar que nunca namorou?
Eu: já pô. - continuei prestando atenção na estrada. - tem tempo, nem sei se tá viva ainda.
Ágata: você ficava lá no presídio sem visitas? - ergueu uma sobrancelha, me olhando. Neguei.
Eu: não, pô. O Freitas ia lá, levar os bagulho e me deixar informado do que tava acontecendo no mundão. - ela concordou.
Eric: então se acaso der certo, ela vai ser a segunda? - falou sorrindo, e eu ri fraco.
O cara sabia atazanar.
Ágata: para, Eric. - falou envergonhada.
Eric: para nada, irmã. Fica enrolando o bofe aí, se ele me der uma condição eu roubo de ti. - dei uma risada negando.
Eu: tô fora, irmão. - neguei.
Parei no pé do morro e cumprimentei os moleque, que liberaram minha entrada.
Subi o morro a mil, e logo estávamos na quadra que rolava o baile.
Tava lotado. Maneirinho.
Altas dondoca. Ainda bem que meu docinho tava aqui do lado.
Desci do carro e abri a porta pra ela. Que me olhou sorrindo, e desceu.
Gata demais.
Ágata: obrigada. - piscou pra mim.
Eu: vem cá. - puxei a mesma pela cintura. - quando é que você vai ficar com dó do pai, e dá uma condiçãozinha? Pô, tá judiando demais já. - ela sorriu, e eu coloquei uma mecha do cabelo da mesma atrás da orelha.
Ela me olhou e desviou o olhar pra minha boca.
Será que Deus tá agindo, rapá?
Coloquei um mão na nuca dela, e fui aproximando até a mesma.
Se eu soubesse que era só puxar pela cintura, tinha feito isso a tempos.
Nossos lábios se tocaram, e logo minha língua pediu passagem para começar um beijo.
Começamos o beijo calmo, lento, cheio de desejo.
As línguas em perfeita sintonia, parecia que estava cheio de desejos. Uma brincando com a outra.
Se eu disser que já tive beijos assim, tô mentindo pra mim mermo pô.
O beijo parecia surreal, coisa de outro mundo, irmão.
Eu tô entrando numa enrascada, isso se eu já não tiver caído nela. Numa vala que eu sei que vou me foder bonito.
Ela arranhava minha nuca, enquanto nosso beijo nem sequer faltava ar.
Meu coração parecia que ia parar a qualquer momento.
É amigos, me lasquei bonito.
[..]
Freitas: caraca irmão, tava te caçando uma cota já. - chegou com um copo de whisky.
Eu: tava aqui tem tempo. - encarei ele. - onde tu tava em?
Freitas: por aí. - deu de ombros, e eu neguei.
Eu: se liga em. - dei um tapinha na cabeça dele.
Freitas: ih, qual foi, irmão? - deu um gole na bebida.
Eu: é mulher né? - ele ficou calado. - amanhã temos que resolver um bagulho pô, some não. Se for dá perdido, avisa.
Freitas: mulher, no lugar de mulher pô. Até parece que vou te deixar na mão. - fez careta.
Eu: tô ligado. - acendi meu cigarro, observando aquele monumento subindo com a purpurina do lado.
Freitas: tá dando certo? - olhei pra ele. - vocês dois, viado?
Eu: tamo aí. - dei de ombros e Freitas riu.
Freitas: vai me dizer que tá gamado? - debochou e eu encarei ele.
Eu: brinca muito. - fechei a cara.

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𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.
FanfictionNós dois não tem medo de nada Pique boladão, que se foda o mundão, hoje é eu e você Nóis foi do hotel baratinho pra 100K no mês Nóis já foi amante louco, quantas vezes nós virou ex Bota a chave pra girar que se pá chegou nossa vez Tipo Santos na Bel...