𝒰𝓂 𝒷𝓇𝒾𝓃𝒹ℯ 𝒶 𝓃ℴ𝓈.

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Ágata.

Tirei uma foto e postei. Eric pegou meu carro e fomos até o jacarezinho.

Tava muito cheio. Cheio mesmo.

Pessoal subindo a pé, outros andando de moto.

Tava um furdunço doido.

Antes de chegarmos no local do baile, Eric parou num barzinho e comprou 3 copão de 500ml de whisky e água de côco. Adoro mesmo.

Didi: meu Deus, hoje eu saio carregada. - disse rindo.

Eu: quero isso não. - ri negando.

Eric: do jeito que é, você fica mais louca que todo mundo. - me olhou e eu abri a boca pra responder, logo ficando calada de novo.

Eu: tudo bem, não posso discordar. - nós rimos.

Logo chegamos no local do baile, e parecia um formigueiro. Que loucura.

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Tava uma loucura só esse baile. Porra, muito bom mesmo.

Eu dançava pra caramba, tava nem ligando.

Várias pessoas olhando, comentando, e outras se mordendo. Paraaaa.

Didi: tô sentindo alguém olhando pra cá, mas não tô achando. - resmungou e eu dei um gole na minha bebida.

Eu: deve ser coisa da sua cabeça. - sorri de lado e ela concordou.

Em questão de minutos um carinha se aproximou, eu ergui a sobrancelha e ele sorriu.

Eu: te conheço? - coloquei a mão na cintura.

Hugo: ihhh, só reconhece quando tá na Rocinha é? - brincou e eu franzi o cenho. - Hugo pô.

Eu: - estreitei meu olhar pro mesmo. - ih, tá me cheirando a confusão. - neguei.

Hugo: relaxa, amizade. - piscou e eu sorri fraco. - tá com Vargas mais não é?

Eu: a notícia chegou ainda não? - ele negou, curioso. - terminamos sim, mas deixa esse assunto de lado.

Ele concordou e ficou calado.

Continuei mexendo o corpo, a música bem maneirinha.

Didi: amiga, eu te falei que tava sentindo alguém olhando. - chegou, sussurrando. Olhei pra ela, desentendida. - disfarça e olha pro camarote.

Ergui a sobrancelha e olhei pra cima, vendo o mesmo me olhando sério.

Suspirei, e vi uma garota se aproximando e entregando uma água pra ele. Neguei, e abaixei o olhar, sentindo uma coisa estranha no peito.

Ele tava todo lindo. Ele era lindo!

O baile parecia ter acabado real pra mim, mas logo fui tirada do transe com Hugo se aproximando e me entregando um copo de bebida.

Eu: colocou nada aqui não né? - segurei o riso vendo a cara dele.

Hugo: sou desses não pô. - negou e eu ri, concordando.

Ele começou a me acompanhar na dança. Quando vejo que não, ele me segura pela cintura, dançando atrás de mim.

Eric: o capeta abriu a porta e o secretário tá vindo na sede. - se aproximou assustado.

Eu: quê? - perguntei desentendida.

Vargas: posso falar contigo? - sua voz ecoou, fazendo eu olhar pro mesmo.

Eu: não temos nada pra conversar. - neguei, me afastando.

Vargas: bora pô, vou chamar de novo não. - falou sério.

Didi: amiga, vai. - sussurrou e eu bufei.

Sai na frente, passando pelo pessoal que olhava curioso.

Fechei a cara e sai da quadra.

Eu: o que foi? - me encostei no poste que havia ali.

Vargas: que porra era aquela? - seus olhos negros estavam dilatados.

Eu: uma pessoa de boa, curtindo. - falei óbvia.

Vargas: com o Hugo, Ágata? Tá ficando maluca? - ele parecia desesperado. Ergui a sobrancelha e cruzei os braços.

Eu: então quer dizer que você pode fazer e acontecer, aí quando me ver com alguém, acha que tá no direito de surtar? - fiz careta, rindo fraco. - que estranho, né?