Promessa

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Wilmer

— Vocês são Dilmer! O meu casal! — A enfermeira estava totalmente animada. Ela foi deixando a bandeja de alimentos aos pés da cama de leito com animação. Eu conhecia aqueles olhos azuis de longe. — Me desculpe, mas minha filha adora vocês! — Ela estava totalmente surpresa. — Posso tirar uma foto?

— Claro, por que, não? — Demi era totalmente receptiva com seus fãs e eu admirava isso nela. Apesar de ela não estar em um dia bom ou algo do tipo, ela os tratava bem o que as vezes até para mim é um grande desafio.

— Sim, vamos tirar! — Me levantei e fui ao encontro das duas. Seus olhos eram fascinantes, porém traiçoeiros. O azul safira de seus olhos estavam ainda mais vibrantes ao me encontrar ali. Tiramos a foto. Ela nos agradeceu sorrindo.

— Muito obrigada senhor e senhora, se não for pedir muito, será que você pode me dar uma autografo? Alguns dias atrás foi aniversário da minha filha e ela ficará muito feliz em receber um autografo seu! — Ela estava sorridente, enquanto procurava por algum pedaço de papel em seus bolsos do avental. Era bem colorido. Acho que por conta de estarmos em um espaço infantil, esse era o seu uniforme. Eu observava tudo atentamente, estava enrascado digamos assim, mas seguia firme em minha promessa.

— Muito obrigada por todo esse carinho! — Demi era tão prestativa. Não me imaginaria apaixonado por outra pessoa. O seu sorriso, seu olhar, sua essência eram únicos. Eu a amava demais. — Qual é o nome da sua filha?

— Cloe, é uma linda menina! Ela adora você, Demi! — Ela tinha um belo sorriso no rosto ao falar da filha, o que não me convencia já que sabia mais do que deveria. Porém me lembrava dos meus filhos. Isabela e Peter. Gêmeos. Sete anos. Eu era tão grato pela vida deles.

— Fico feliz por sua filha gostar de minhas músicas! — Demi sorriu sem graça. Eu não. Estava um pouco preocupado com minhas crianças, coisa de pai, mas estávamos aqui por duas boas causas. Estávamos lutando por nosso casamento e visitando a menina mais carismática e forte de onze anos, que já conhecemos. — Temos uma filha também, Isabela... e um menino o Peter, são gêmeos e lindos! — Demi falou orgulhosa. Aquelas crianças era o meu maior motivo de orgulho.

— Me desculpe, mas eu sei disso, esqueceu temos uma mini fã em casa! — Caímos em gargalhadas, menos Sophie ela não sorriu, eu a olhei e logo nossos olhos se encontraram, ela estava preocupada, seus olhos fundos e escuros demostravam isso. Estava preocupado com ela também. Um ser tão pequeno e frágil, não merecia passar por isso. — Muito obrigada. Muito obrigada, mesmo. — Ela disse abraçando Demi, e logo veio ao meu encontro, me abraçou também. — Obrigada! — Eu assenti, e ela foi em direção a menina deitada, lhe deu um beijo na testa. — Você precisa se alimentar, seus olhos estão fundos, e sua pele está pálida, uma menina tão linda e tão sorridente, também precisa comer!

— Eu só quero saber se meus pais estão bem! — Sophie falou com firmeza. — Eles estão?

—Eu não posso lhe informar, eu não tenho essa informação, só cuido de baixinhos! — Demi sorriu e me encarou preocupada.

— Mas... — A conversa é interrompida quando o telefone de Demi toca. Ela atende saindo da sala. — Eu... — Tinha a impressão de que aquela enfermeira sabia da gravidade do que estava acontecendo, só não queria preocupá-la ainda mais. Sophie parecia entender também, apenas ficou ali sem reação, como eu.

— Coma tudo, senão você irá permanecer aqui por mais tempo! — Ela tinha cuidado, apesar de tudo, ela se preocupava o que me deixou confuso. — Preciso ir, estão me esperando! — Ainda observava as duas conversarem. — Você vai ficar aqui? — Ela foi de encontro a porta como se fosse sair mesmo se eu dissesse ao contrário.

get lost and find yourselfOnde histórias criam vida. Descubra agora