Eu gosto de você

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Sophie

Flashback

— Oi Sophie, tudo bem? — Fiquei surpresa quando ele entrou em meu quarto todo sorridente. Eu realmente pensei que ele não voltaria, mas ele voltou e isso é mágica. Saber que ele estava ali, depois de alguns dias, era tão gratificante. Será que ele se preocupou comigo mesmo, ninguém nunca havia se importado tanto comigo. — Olá! — Ele disse indo ao meu encontro. Realmente, eu não esperava. Sorri. — Como você está? — O abraço de Wilmer era confortável e eu me sentia segura ali dentro. 

— Oi! — Me soltei de seu abraço. — Eu estou melhorando e você como es... —  Ele não esperou eu terminar. E isso me irritou de certa forma.

— Então por que essa cara toda emburrada? —  Ele perguntou, se sentando no sofá para acompanhantes e colocando uma mini mala de viagem no chão. Eu admito minha cara não era uma das melhores, mas não estava emburrada. 

— Eu não estou emburrada! — Ele riu. — Só minha mãe que morreu, meu também e eu estou sozinha, algo mais? — Eu brinquei, mas dessa vez ele não riu. Estava nervosa e terminei com ironia. Estava mal com toda aquela situação.  — Não está sendo fácil! — Nesse momento se formou um nó em minha garganta e então me permiti chorar, sabe aquele choro, preso em seu peito parece que está lá faz tempo. Olhei para ele, com seus olhos cheios de compaixão se levantou e veio ao meu encontro, me abraçando novamente, me acolhendo e me confortando em meio aos seus braços, como meu pai fazia.

— Você não está sozinha! — Ele sussurrou me acalmando em meus prantos e ele sabia fazia isso muito bem. — Eu estou aqui com você! — Wilmer me trazia algo tão bom, calmaria. Ele se separou do meu abraço. — Sinto muito pelos seus pais! — Ele falou calmo, enquanto eu me acalmava. — Estou aqui, estou com você e não vou te abandonar. Pode confiar em mim! — Seus olhos estavam lacrimejados e a ponta de seu nariz vermelha. Era engraçado, então eu deixei um sorriso escapar, ele também sorriu. Acho que posso confiar nele, sei que é uma boa pessoa pois sinto isso. Fiquei ali em silêncio e ele também, apenas me olhando.

— Você é o melhor Wilmer! — Ele sorriu com minha forma de quebrar nosso silêncio.

— Não é para tanto mocinha, eu só não gosto de olhar crianças tristes. Isso me parte o coração!  — Eu não estava disposta a conhecer pessoas novas, elas sempre se vão. É difícil perder quem você ama e quem você mais precisa. — Você está sendo tão forte! — Eu deveria confiar nele. Ele parecia ser uma boa pessoa. Ele merecia o meu carinho, porque ele me dava carinho.

— Eu gosto de você! — Ele sorriu, e agora os seus olhos brilhavam. Ele me abraçou novamente e me beijou o topo da cabeça. Era confortável estar em seu abraço, era como se meu coração se juntasse novamente. 

—  Eu também pequena, gosto muito de você! — O agradeci em silêncio. — E eu prezo pelo bem-estar de quem eu gosto. Você não estará sozinha. Eu estarei aqui! — Tem pessoas que carregam dentro de si uma essência tão bonita, que chegam trazendo tanta leveza na alma, que conseguem despertar o nosso melhor, são esses pedaços de ternura que faz com que a vida não se torne pesada demais para carregar.

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