Back to School

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Wilmer

Um sonho, ser pai. 

Desde quando conheci a paixão pela primeira vez, no ápice de minha adolescência esse era o meu maior desejo. Bom, isso não foi possível e nem muito permitido. Eu tinha outros sonhos também e priorizava eles. Eu conheci outras garotas antes de conhecer Demi, mas foi ela quem eu escolhi desde o primeiro momento para me ajudar a continuar minha jornada na vida. Não escolhi a pessoa perfeita para isso, mas escolhi a pessoa certa. Quando ela me falou que estava esperando minha pequena continuação, eu poderia ser considerado o homem mais feliz e completo do mundo. Era uma menina. Minha primeira filha, Emma. Minha pequena Emma. Um dia eu pude ouvir uma pessoa falar o quanto era estranho pessoas irem embora cedo demais, então outra respondeu que essas pessoas são apenas emprestadas a terra por Deus para ensinar e mostrar o amor. a força e a gratidão. Eu estive pensando o quanto tudo foi necessário para eu começar a dar valor diário para o que eu tinha presente em minha vida. Perder Emma, foi um choque de realidade. Uma grande lição de que tudo e todas as coisas acabam. Que o correto a se fazer é apenas dar valor e ser grato por tudo que existe hoje.

Eu não seria mais feliz ao pensar o quanto eu amo quatro pessoinhas em especial (Demi, Isabela, Peter e Sophie), não que eu deixei de amar a pequena Emma, eu ainda a amo muito. Independente de tudo, ela sempre será minha primeira filha. Minha primeira amostra de felicidade. Mas hoje eu seria grato por ter três crianças, saudáveis, sapecas e amáveis. 

Preparava o café da manhã, eu tinha pego esse costume a alguns anos. Confesso que me sentia tão perto, tão presente ao fazer algo tão simples. Era uma distração e uma forma de florescer uma paixão antiga a cozinha. Peter e Sophie, aguardavam em silêncio, enquanto preparava os ovos e bacon. Hoje eu poderia ser grato por eles. Hoje tinha quatro motivos para sorrir. Eles são tudo para mim. Eu apenas queria ser o meu melhor para eles. Para a minha família.

— Papai, será mesmo que eu não posso voltar a escola outro dia? — Isabela quebrou finalmente um silêncio que se formava de manhã, por preguiça e desanimo. Ela estava radiante. Mas ao mesmo tempo desanimada igual os outros. Agora ter dois dígitos em sua idade só me mostrava o quanto estava envelhecendo. Hoje era mais um novo primeiro dia, não apenas para mim, mas para os gêmeos e Sophie também, hoje voltava as aulas e eu não poderia leva-los. Começava hoje a gravação de uma nova série. Cujo seria o protagonista e isso tomaria muito o meu tempo. — Eu preciso de mais dias de férias, esse pouquinho não foi o suficiente!

— Meu anjinho, você precisa ir a aula! — O som da torradeira me lembrou que não tinha terminado de preparar o café da manhã. Observei as crianças sentadas e não sei se apenas sentiam sono. Tirei as torradas e levei ao prato de Peter.

— Eu nunca imaginei que as aulas voltassem exatamente no começo do ano. No Brasil pelo menos temos o carnaval e podemos ficar mais alguns dias em casa! — Realmente. Fazia exatos doze dias que um novo ano se iniciou. 

— Papai você poderia levar a gente para carnaval um dia! — Me assustei com a sugestão de Peter. O que fez Isabela soltar um risinho nasal.  

— Por que não vamos esse ano? — Ela ainda falou. Eu nunca tinha ido ao carnaval, mas pelo que me falam, não deve ser algo muito apropriado para crianças. 

— Eu acho melhor esperar vocês crescerem mais um pouco! — Afaguei os cabelos de Isa. Me sentei a mesa com eles. Sentia a falta de Demi ao meu lado, mas sabia que suas viagens era por bons motivos. Eu adorava comer ovos pela manhã. Isso me fortalecia durante o dia.

— Eu ouvi dizer que é igual o halloween, mas sem os doces. As pessoas se fantasiam e se divertem! — Peter estava animado demais com essa história de carnaval. 

get lost and find yourselfOnde histórias criam vida. Descubra agora